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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Chapter 1 - London

Chapter 1 - London

Geanne

- O que?
- E agora, onde a gente vai morar?
- Desculpa gente, se eu soubesse. - Let estava nos comunicando que a dona da propriedade vendeu ela para outra pessoa, e infelizmente temos que nos retirar.
- Onde nós vamos morar?
- Minha mãe mandou eu ir morar na faculdade. É melhor e já tenho direito enquanto eu pago minha faculdade, mas e vocês?
- Não se preocupe Let , não sabemos, mas vamos dar um jeito. - Eu falei, tendo algo em mente.
Bom, não sei se a Ju vai gostar de morar em uma biblioteca mas eu só pensei nesse caminho. Eu já dormi lá, conheço a dona e ela é muito carismática. Certeza que ela ia alugar um quartinho pra gente, até encontrarmos algo para nos fixarmos. Nós arrumamos nossas malas e saímos dali. Leticia disse que iria fazer uma visita pra gente sempre que pudesse e que nós iriamos fazer muita falta. Eu e a Ju estávamos descendo do Táxi já na frente da biblioteca.
- Eu não acredito! - Resmungava Ju. - Vamos morar em uma biblioteca?
- Ju, você já entrou aqui por acaso? E não temos lugar para morar por enquanto, é só um período até a gente arrumar um AP.
- Eu sei, mas é que é meio estranho. Tipo "Oi, onde você mora?" " Eu moro na biblioteca da cidade, que tal ir me visitar algum dia?" - Ela falava interpretando e eu ri. - Isso é muito estranho.
- Eu sei, Ju.
Entramos na biblioteca e mal víamos aquele pequeno salão no começo. Percebi que ela arregalava os olhos e abri a boca como um gesto de admiração.
- Nossa! Retiro tudo que eu disse, deve ser legal morar numa biblioteca. - Eu ri. - Agora sei porque você vive vindo até aqui. - Logo Sra Lerman veio nos atender.
- Boa noite, meninas! Geanne, já sabem onde vocês irão ficar?
- Olá Sra Lerman. - Nós duas a saudamos.
- Sim, sei o caminho. Obrigada.
- Não há de quê. - Eu já tinha falado nossa situação antes de vir pra cá, e a Sra Lerman entendeu e nos deixou ficar por algum tempo.
- Geanne, Ju . Tenho uma coisa para falar pra vocês.
- Sim?
- Estava pensando, para vocês não pagarem o quarto que vocês vão utilizar por enquanto, que tal vocês somente ajudarem no auxilio a biblioteca? Digo, como um trabalho. Mas vocês também podem ter o direito de tirar um livro sem qualquer custo. - Ela falava sorrindo.
- Isso é possível? - Perguntou Ju interessada.
- Claro que sim, não vejo problema nisso.
- Então acho que aceitamos. - Nós sorrimos.
- Que bom, olha, não é nada puxado ou obrigado, só uma ajuda. - Nós concordamos. - Boa Sorte. - Ela falou e saiu.
- Eu não acredito, meu sonho é morar em algo enorme cheio de coisas magnificas. Geanne, eu te amo. - Ju falava.
- Tudo bem, não precisa me agradecer. Acho que vai ser legal também.

Já eram três horas da madrugada e eu simplesmente não conseguia dormir. Talvez pela mudança de local, eu não sei. Resolvi passear para ver se o sono vinha. Passei de estante em estante até que uma sessão me chamou atenção. "Contos". Entrei, dando uma de curiosa e fui bisbilhotar os títulos dos livros e UAU! Como eu imaginei, tinha uma área coberta de livros de contos de fadas. Rapunzel, Branca de neve, Cinderela, A pequena Sereia, João e Maria... Chapeuzinho vermelho. Parei nesse e abri o livro. Me aconcheguei, sentando na mesa. O livro era ilustrado, eu já tinha lido todos os contos de fadas, minha mãe tinha mania quando era criança de contar eles em cada noite que eu dormia, até quando eu tinha quinze anos eu amava ler livros de contos. Eles pra mim eram um tipo de joia rara, era não, são! Sorri ao ver uma figura da chapeuzinho com sua cesta passeando no bosque.
Eu não era que nem algumas meninas que sempre sonham em ser a princesa dos contos de fadas que esperava seu príncipe encantado em um cavalo branco, eu tinha a certeza da realidade. Não existe esse negocio de Felizes para sempre, o que existe são pequenos momentos felizes que podem ser especiais. Imagina um mundo onde todo mundo é feliz, ninguém briga, ninguém se estressa, todo mundo sorri? Ficaria um tédio. Sinto que com a tristeza as pessoas aprendem com a vida.
Eu acredito que para todas as pessoas existe um outro alguém que é capaz de fazer você feliz. Amor. Pensando nisso, acho que eu sou perfeita para ser a chapeuzinho vermelho. Eu ri com meus pensamentos. Já namorei diversas vezes, mas nenhuma vez eu me senti especial, sempre sentia que algo faltava, mas só vejo isso agora. Naquela época em que eu namorava eu pensava que ia ficar com ele para sempre, estava enganada. Eu sempre tive tudo que eu queria, uma família de classe média que me amava, amigas leais e engraçadas... Uma vida sensacional, mas a única coisa na qual eu não tinha sorte, era no amor. Cadê você, príncipe da chapeuzinho? Suspirei. Eu acho que ainda anda perdido por aí, e vai ser muito difícil encontrar a chapeuzinho, principalmente a chapeuzinho da realidade: eu. Procurei demais alguém para mim, e quase sempre eu quebrei a cara, agora eu desisti de encontrá-lo. Ele que venha me buscar. Coloquei o livro de volta na estante. Acho que encontrei o lugar perfeito aonde eu queira ficar sozinha.

Neymar

Acordei quando senti que algo quente batia na minha face. Era o sol que já estava nascendo. Senti alguém me cutucando.
- Neymar, já vamos pousar. - Gustavo falava do meu lado.
- Sério? Já estamos em Londres? – Falava, enquanto me ajeitava no banco. Fui checar meu celular e lá havia uma mensagem. "Está tudo bem por aqui, quando tiver muitas ligações perdidas já sabe que eles notaram sua falta por aqui. Boa viagem! X Rafa". Sorri, mandando outra mensagem. "Obrigado por tudo mana, Te amo."
- E aí já notaram? - Jota veio me abordando.
- Ainda não, eles não costumam acordar cedo. Mas sei que logo logo eles vão saber que eu fugi. – Falava, enquanto eu e os meninos nos preparávamos para o impacto da aterrissagem.
Depois de algumas horas, estávamos parados no aeroporto esperando uma van contratada pelos Amancio's.
- Qual seu nome mesmo? - Guilherme perguntou. - Aquele menos conhecido. - Nós rimos.
- Menos? Esse sobrenome não existe. - Gilmar.
- Winston, Neymar Winston. - Sorri. Logo depois estávamos dentro da van indo para algum lugar que o Gilmar disse que a gente ia ficar, a propriedade estava no nome da família dele. No caminho, víamos cada pedacinho de Londres. Não quero sair daqui tão cedo.

Depois de nos alojarmos na propriedade do Gilmar, começamos a bagunça. Todos estavam reunidos na sala.
- Qual seu plano agora, Neymar?
- Não é obvio? Me divertir. Primeiro vou conhecer Londres, seus pontos turísticos. Depois nós vemos o que fazemos.
- Eu só sei que vou para algum pub. - Guilherme.
- Falou o puto que está doido para beber e pegar mulher. - Nós rimos.
- Interessante como a gente perde o linguajar ao nos afastar do nosso país. - Gilmar comentou.
- Do nosso país? Você quer dizer dos nossos pais né? Uns chatos. - Jota falou e nós rimos mais uma vez.
- O que vamos fazer mais tarde? – perguntei.
- Passear por aí, ver as pessoas.
- Vocês dois. - Gustavo falou, apontando para mim e para o Gilmar. - Espero que ninguém os conheça, príncipes. - Esqueci de mencionar que o Guilherme e o Gustavo não tinha a família ligada a nobreza. Mas mesmo assim eram dois dos meus melhores amigos.
- Não vão, aqui é outro país.
- Hoje que tal irmos ao museu?
- Boa ideia!
- Vou descansar agora, depois nós vamos, certo? - Todos concordaram.
- Com licença. - Me retirei da sala e fui ao meu quarto. Fui pra janela ver como era a vista daqui. Muito lindo. Londres era perfeito. Bocejei, sentindo o cansaço me dominar e me deitei na cama, logo adormecendo e entrando em um sonho um pouco esquisito.
Era uma visão turva, mas dava pra perceber que era minha casa, o palácio. Depois mudou a cena, era um lugar estranho, onde tinham vários objetos valiosos. Relógio, um báculo. Uma coroa. A coroa brilhava intensamente ao me notar ali, ela era magnífica e enorme. Era de ouro, parecida com a coroa do meu pai. Devia pesar toneladas, me vi assustado olhando pra ela e depois comecei a sorri. Minutos depois mudou de cena mais uma vez. Agora mostrava uma garota linda entrando em um Hall com um vestido azul, mas possuía uma mascara. Ela me encarava séria, mas com uma expressão confusa.
Gustavo falava algo ao meu lado, mas eu não entendia. Logo depois ela foi pra fora, eu tentei ir atrás dela, mas não conseguia. Em sonhos ninguém consegue correr, havia um sentimento estranho ali. Não identificava qual. Outra cena novamente estava mudando, agora aparecia outra mulher, na verdade era minha irmã.
- Eu não posso ser a Rainha, eu abdico a Coroa. Sabe o que isso significa né? Ela vai... - De repente a cena foi ficando escura, e eu só lia os lábios da Rafa.

Senti minha consciência voltar ao poucos. Mas o que foi aquilo que eu acabei de sonhar? Que coisa estranha. Quem era aquela garota de vestido azul? Fiquei pensando mil coisas, antes de me aprontar e ir pra sala procurar os meninos. Coloquei meu suéter, uma calça amarronzada e calcei meu all star vermelho.
Encontrei eles na sala, assistindo TV.
- Pensei que não ia acordar mais, Bela adormecida.
- Ha Ha Ha. Vamos para o museu? - Antes deles responderem, ouvi o meu celular tocar. Olhei no visor e percebi que era minha irmã.
- Não vai atender? - Liam perguntou.
- Não. – Falei, rindo. Olhei mais uma vez e percebi que deixaram uma mensagem de voz. " Neymar! Sua irmã disse que você saiu cedo, e mandou avisar que ia dormir na casa dos Payne's. Custava ter avisado? Ligue assim que puder." Eu sabia que era um dos meus pais, a Rafaella nunca ligou pra mim, apenas me mandava mensagens. E bom, eles não tinham celular.
- Vamos para o museu, estou curioso para saber o que tem. - Todos estavam prontos, e fomos em uma van para o museu.
O edifício era enorme, nunca tinha visto outro além daquele do meu país. Pra mim, andar por Londres, mesmo de carro com seus melhores amigos, tranquilo, sem ninguém saber quem é você, era melhor do que ser vigiado 24 horas por dia. Sorri, descendo do carro.
- Então vamos lá. - Jota anunciou, correndo nas escadarias e subindo para entrar no museu. Nós acompanhamos.
Compramos nossas entradas e paramos no saguão onde já haviam peças. Tiramos fotos, tentamos procurar informações e até zoamos uns aos outros quando encontrava algo engraçado. Quem passava por ali poderia pensar que éramos garotos normais, e não garotos de nobreza em sua família e como, por exemplo, eu, realeza.
Estávamos indo para o último andar, quando no momento que olhava pra trás tentando conversar com o Guilherme, sinto algo me esbarrando. Olhei diretamente para a linda garota que acabava de esbarrar em mim sem querer que descia as escadas. Li os lábios dela e percebi que ela pedia desculpas atrapalhadamente, mas eu não conseguia ouvir nada. Na verdade eu não estava era prestando atenção no que ela dizia, somente na beleza que a garota possuía. Depois de um tempo percebi que ela tinha deixado algo cair, olhei pro chão e era uma rosa vermelha. Franzi a testa e corri em direção ao corrimão, olhando para baixo com a esperança de encontrá-la e dizer que ela havia deixado cair algo, mas sem sucesso. Ela já tinha desaparecido. Olhei pra flor, pensando na mesma, até que Liam me chamou a atenção.
- Vai ficar parado aí o dia todo? Vamos. - Ele falou e eu o segui, ainda com a flor na mão.
Não podia jogá-la fora. Era uma flor, eu sei, mas eu não tinha coragem de jogá-la. Ela era daquela garota, e eu tinha a sensação de ser obrigado a encontrá-la e devolver o que é dela. Mesmo que só seja uma mera rosa. Com esse intuito, fiquei o tempo todo com ela na mão, até guardá-la depois.


Geanne


Estávamos rindo, tomando o nosso segundo milkshake. Tínhamos acabado de sair às pressas do museu, se fosse pela Let nunca íamos sair de lá.
- Ai que gostoso. - Let falava. - Sempre que eu tomo milkshake de creme eu tenho vários inícios de orgasmos.
- Nossa. – Falei, rindo com Ju.
- Essa foi boa.
- Eu não aguento mais tomar milkshake, meu cérebro já está congelado. - Falei reclamando, passando a mão na minha cabeça. Senti falta de algo. - MINHA ROSA!
- O que tem ela?
- Perdi! - Fiz bico. - Droga, acho que deve ter caído no museu.
- Ah, qual é Ge. Você não vai morrer por causa de uma rosa. - Let falou.
- Nem vem, foi o tiozinho da rua que me fez o favor de me dar.
- Nem me fale nesse tiozinho, ele estava com uma cara medonha.
- Nada a ver, Ju. Ele foi muito educado ao me dar uma rosa.
- Eu estava com medo dele ok?
- Que seja! Perdi minha rosa, quero outra.
- Ahá há, vá só. E aliás, eu acho que você deixou cair quando esbarrou naquele Deus Grego.
- Deus grego? - Eu e a Let perguntamos com uma cara de interrogação.
- Não viram o rosto dele?
- Eu não... Só vi as lanternas Verdes dele. - Eu falei, me referindo aos olhos.
- Nem eu.
- Sério? Não sabem o que perderam. - Ju falou, rindo. - Geanne, ele era lindo demais e você nem viu o menino. Ele te olhou muito, viu?
- Que olhe, fui feita pra olhar ué.
- Nem se acha! - Let falou, rindo. - O que vamos fazer agora?
- Ir para casa, porque eu estou cansada. - Falei resmungando.
- Pra casa, você quer dizer biblioteca né? Porque nós moramos com um monte de livros.
- Posso ir com vocês? Quando anoitecer eu volto para o dormitório.
- Tudo bem. – Falei, pegando a bolsa e indo para o caixa pagar os milkshakes. Neymar


O Sol já tinha se ido, resolvemos voltar para casa e descansar um pouco. Além do museu, nós paramos para comer em alguma lanchonete, daí conheci o famoso cachorro quente que o Louis sempre falava. No palácio as comidas eram diferentes, eram comidas nobres, mas sinceramente aquele cachorro quente era mais gostoso que muitas.
Subi para meus aposentos, precisava de um banho, tirei a camisa e deixei pelo chão mesmo. Lembrei de algo que chamou minha atenção, a flor. Eu a tinha colocado na cômoda logo que cheguei, à peguei e arranjei um pequeno jarro de vidro pra ela e coloquei água dentro. Ela ainda continuava intacta. Flashback do pequeno esbarrão invadiu minha mente, aquela garota de cabelos castanhos ondulados e olhos cor de mel não saía da minha cabeça e eu não sabia nem seu nome.
Suspirei frustrado, fiquei encarando aquela rosa vermelha por alguns minutos, ela parecia mais interessante do que todas as coisas ali.
Voltando à realidade, me dei conta que precisava mesmo de um banho. Nos reunimos na sala de jantar e resolvi ligar para minha mãe e tentar enganá-la mais um pouco. Preparei o Gilmar para falar.
- E aí maninho? Tudo bom?
- Oi Rafaella, tudo e como vão as coisas por aí?
- O de sempre não é. Hmm, deixa eu adivinhar, ligou pra falar com a mamãe?
- Yep! - Ouvi um grito do outro lado e depois alguns barulhos.
- Filho, finalmente deu sinal de vida. Como está? Os Lima's te receberam bem? Você está se comportando?
- Calma, mãe. Só tem um dia que estou aqui. E estou bem, os Lima's com certeza sempre me recebem bem, não vai ser diferente agora. E eu não fiz nada até agora, ok? Ah, o Gilmar quer falar com você.
- Certo. - Passei o telefone pro Gilmar.
- Oi, Senhora da silva Santos, como vai?
- Vou bem, querido, e você?
- Tudo ótimo. Bem, quero te pedir se o Neymar er... pode dormir aqui por mais dois dias? É porque meu pai vai viajar e ele queria mais um homem na casa. Sabe como é, proteger sua esposa. - Todos estavam prestando atenção no Gilmar. Eu estava prendendo o riso, ele não sabe mentir. - Certo então. Obrigado, Senhora da silva Santos, até mais. - Ele desligou o telefone, quase morrendo e me encarou. - Não me faça mais fazer isso! Se sua mãe descobre estamos ferrados!
- Calma. - Fiquei rindo. - Tudo vai dar certo, confie em mim.
- Vamos dormir, porque eu estou morto. - Gustavo.
- Também, nem descansou quando chegou de viagem. - Jota.
- Eu vou dar uma volta no jardim. - Guilherme falou e se levantou.
- Espera, eu vou com você. - Falei com Guilherme e fomos em direção à porta. A noite estava um pouco fria, mas nada exagerado, já estava de casaco mesmo. Nós fomos caminhando até o jardim em silêncio, sabia que o Guilherme estava preocupado com algo.
- Diz! - Falei quando nos aproximamos de uma pequena fonte.
- O que?
- Sei que está preocupado com algo. - Ele suspirou.
- Jamie, conhece?
- Aquela que você andava espionando?
- Eu não estava a espionando!
- Ah, claro que não. - Falei irônico.
- Ela é uma princesa, Neymar.
- Eu sei... - Falei o óbvio, mas não entendendo o problema. - Qual o problema nisso?
- Eu sou um mero plebeu.
- Sério que você está me falando isso? Esqueceu que eu também sou um príncipe, mas você é um dos meus melhores amigos?
- Acontece, Neymar, que sua família é totalmente diferente da dela.
- Oh, então sabe até o jeito da família dela.
- Cala boca! - ele resmungou, provocando meu riso.
- Ela te conhece?
- A gente se encontra sempre. Mas estou pensando em me afastar dela.
- Hey, nem pensar! Você gosta dela, não é? Ela gosta de você?
- Gosta.
- Então, sequestre-a!
- O que? Fumou bosta?
- O que? - Eu perguntei naturalmente.
- Neymar, você no começo é bom nos conselhos, mas depois só sai idiotice.
- Se eu tivesse no seu lugar, faria.
- A diferença é que você é louco. Eu não. - Fiquei calado por um momento, lembrando de uma pessoa. - Hey, desculpa se te ofendi, dude. - Eu ri.
- Não é isso. É que... A Flor... Deixa pra lá! - Aumentei os passos.
- A flor? - Guilherme perguntou. - Não acredito que você ainda está com aquela flor.
- Eu vou devolvê-la um dia.
- Neymar. - Ele parou, me fazendo parar. - Um dia? É impossível você achá-la em toda Londres.
- Tentar não faz mal.
- Espere, você não quer só entregar a flor. Você quer conhecê-la. - Bufei. - Ora, ora, ora. Neymar da silva Santos interessado, de verdade, em uma garota? E ainda uma estranha, que mal viu.
- Eu só quero entregar a flor.
- Nenhuma pessoa em sã consciência vai atrás de uma pessoa que nem sequer conhece para devolver uma flor, Neymar.
- Então que eu seja a primeira.
- Tudo bem, príncipe.
- Para de me chamar assim.
- De que? De príncipe? É bonito. - Ele mexeu no meu cabelo.
- Não enche, Guilherme.
- Ok, você que manda. Príncipe. - Ele me deu um pedala e saiu correndo. Fui atrás dele. No outro dia acordei resmungando, pela diferença de fuso-horário, e porque o Jota queria porque queria sair pra comer. E lá fomos nós. Passamos por um tal de Nando's, pela vista parecia um bom lugar. Comemos algo interessante por lá e quase que o Ni não saía de lá. Não sei como aquele garoto come tanto e é magro. Tivemos que trazê-lo na chantagem, senão ele ficaria lá por horas.
Resolvemos conhecer a cidade, visitamos vários pontos turísticos como: Big Ben, O Palácio de Westminster, London Eye, Westminster Abbey, O palácio de Buckingham, como se eu nunca tivesse ido lá, o Zoo, o Museu de Sherlock Holmes e o Abbey Road a famosa rua dos Beatles. E claro, como passamos por isso tudo, não foi questão de minutos e sim horas. Tanto é que já estava de tarde, devia ser umas quatro horas. Decidimos parar e descansar no Green Park.
Como um bom príncipe, temos que aproveitar nosso lado bom. Gilmar pediu a alguém da sua segurança para trazer algo. Nós não entendemos o que ele queria fazer, mas ele disse algo como "vocês vão ver". Logo depois, chegou um carro, e Gilmar pediu para Gustavo o ajudar. Franzi a testa, tentando adivinhar o que eles estavam trazendo. Eram dois violões e algumas caixas transparentes.
- COMIDAAA! - Ouvi Jota gritando. Sorri.
- Alguém sabe tocar? - Gilmar perguntou, mostrando o violão.
- Eu sei. - Jota falou de novo, levantando a mão.
- Eu também. - Levantei a mão.
- Então ótimo. - Gilmar sorriu. Enfim, fizemos um piquenique por ali. Geanne


Estava na varanda da janela que tinha no segundo andar da biblioteca, sentindo a brisa bater de leve no meu rosto. Estava tranquila, só de pensar que daqui a alguns dias minha faculdade começa meu psicológico começa a resmungar, tenho que aproveitar meu momento de liberdade por enquanto.
Londres hoje estava com muita gente passeando pelas ruas, a biblioteca estava cheia. Hoje era um dia não muito normal, na verdade eu sentia algo diferente. Se bem que hoje não aconteceu nada de diferente. Suspirei frustrada, será que algo legal e surpreendente vai acontecer na minha vida? Estava precisando de desafios nela, coisa que eu nunca tive.
- Geanne! - Let apareceu gritando.
- Shhhh, isso aqui é uma biblioteca, não é uma rua.
- Desculpe, mas eu vim aqui te convidar pra algo. Eu já falei com a Ju e ela aceitou.
- Convidar para o que?
- Sairmos por aí. Qual é Ge, hoje está um dia meio que feliz nessa cidade, percebeu? - Ela perguntou. Então ela sentiu isso também, hm.
- Tudo bem, vai. Mas para onde vamos?
- Conhecer umas amigas minhas e depois quem sabe vamos da as caras do Green park e tentamos encontrar a Léia?
- Quem diabos é Léia?
- A gata da minha amiga que você daqui a pouco vai conhecer. Anda, vamos logo. - Ela saiu, me puxando pelo braço até lá em baixo. Chegando lá encontrei a Ju já pronta.
- Espere, eu vou assim? – Perguntei, apontando pra mim.
- Nem vem que você está linda. Sempre né.
- Você está tirando com minha cara, não é?
- Cala boca, e vamos logo. Confie em suas amigas. - Levantei as mãos para o alto, desistindo. Atravessamos a rua e pegamos um táxi até a casa da tal amiga da Let que tem uma gata chamada Léia. Algo me dizia que essa menina gostava de Star Wars. Depois de alguns minutos estávamos em frente à casa dela, e posso dizer QUE CASA. Para mim aquilo era uma mansão, e das mais bonitas. Conhecemos ela, o nome dela é Juliet. Ela era super fofa, muito educada, e muito divertida. Acho que seríamos um bom quarteto.
Mais tarde, Let inventou de ir ao Green Park, procurar a tal Léia. E Juliet falou que ela já tinha voltado, quase pulei de alegria, estava com preguiça de ir ao Green Park. Mas a idiota da Let falou que então íamos sem motivo. Essa menina quando quer alguma coisa é difícil fazê-la desistir, então lá fomos nós.

Neymar


- Oh, estou cheio. – resmunguei, satisfeito.
- Pensei que um P... - Guilherme olhou para os lados. - Quer dizer, pensei que uma pessoa como você não tinha esses modos. Que eu sabia vocês falam 'satisfeito'.
- Que seja, não estou em nenhum encontro importante, e sim com meus amigos.
- Está tarde, estou cansado e antes que anoiteça é melhor arrumarmos isso.
- Você e o Guilherme que fizeram essa bagunça enorme, Gilmar. - Gustavo resmungou.
- E você começou a guerra de doces, nem vem. - Eu falei.
- Tenho doce grudado até no cabelo, dude. - Jota reclamou.
Nós arrumamos as coisas e limpamos o que havíamos sujado. Estávamos esperando o carro chegar, de acordo com o que o Gilmar disse daqui a trinta minutos ele chegaria. Encostei na árvore mais próxima, já que não estava a fim de ficar no sol, e todos me imitaram, ficando cada um encostado na árvore, ou seja, nós estávamos em volta da árvore. Fechei meus olhos já sentindo o cansaço me dominar, fazia tempo que não me divertida desse jeito. Acho que cochilei um pouco, quando abri os olhos os meninos estavam correndo por aí, menos o Guilherme, que estava dormindo do outro lado da árvore. Foi quando eu fui me levantar que algo bateu no meu pé e foi imediatamente ao chão, me fazendo assustar. Foi quando eu vi que era uma menina, fui tentar ajudá-la, pegando em sua mão e a levantando. Entrei em estado de choque ou estado de surpresa, quando eu vi sua face sorridente, seu cabelo castanho ondulado e seus olhos cor de mel. Era ela.
Eu ainda vou continuar a historia antiga ok?

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Capitulo 1

Estava colocando meu uniforme usual, quando tomei a decisão de dar um tempo daqui. Estava acontecendo muito caos com a dúvida da minha irmã mais velha em se tornar ou não a Rainha da Dinamarca. Ainda bem que eu sou o mais novo, e como meus pais dizem, não tenho a responsabilidade de cuidar de mim, imagina de um País. E como a regra é que não é preciso ser um homem para entrar na linha de sucessão, a minha irmã entrou. Acontece que, com toda essa pressão contra minha irmã, eu que sofro. Todas as atenções estão voltadas pra ela, isso é um saco. Eu ainda tinha um ano fora das responsabilidades.
Fui para fora do meu quarto e me direcionei ao gabinete do meu Pai, onde estavam todos reunidos. Ontem eu fiz um comunicado dizendo que tomaria um decisão e que hoje eu falaria com eles.
Abri a porta e pus minha presença a tona ali.
- Neymar!
- Muito bem, tenho coisas a fazer, o que queria falar conosco? - Minha irmã perguntou.
- Serei rápido.
- Pois bem... - Meu pai fez menção para eu continuar.
- Já que eu não tenho nada para fazer por aqui, e essa confusão da Rafaella ser a herdeira do trono não resolvido, eu me decidi que quero passar férias.. – Parei, esperando a aprovação dos meus pais.
- Não vejo nenhum problema. Aalborg poderá ser um lugar ótimo, ou Odense. - Meu pai deu uma sugestão.
- Roskilde também. - Minha mãe tentou ajudar.
- Londres. Estava falando de Londres.
- O que? Em outro país? - Minha mãe quase levantou da mesa, indignada. Como ela é dramática!
- Claro! - Falei.
- Não vejo problema nisso, mamãe. Londres também é um lugar ótimo. - Rafaella falava rindo, o que me fez ri também. Por um lado minha irmã é legal, claro, quando ela não está irritada, estressada ou entediada. Mas o papel de irmã apoiando o irmão ela faz muito bem.
- Não! É muito longe daqui. - Sabia que minha mãe ia dizer não, não estava com esperanças dela deixar mesmo. A coisa é com meu Pai.
- Pai, essa confusão está me deixando mais estressado que o habitual. Uns dias em Londres não serão o fim do mundo. - Ouvi um suspiro do meu pai.
- Temos problemas demais, Neymar. Se pegarem você fazendo mais de uma das suas irresponsabilidade eu não sei o que vai acontecer.
- Eles nem vão saber que eu estou em outro país. E outra, eu... posso prometer não aprontar coisas que possam levar ao declínio do reino.
- Declínio? Não exagere, maninho. Declínio seria se eu fizesse algo de ruim e minha coroa parasse em mãos erradas.
- Edward! - Minha mãe tinha o dom de só falar o nome do meu Pai para repreendê-lo, que ele fazia o que ela quisesse.
- Seu primo e seu tio estão de olho na gente. - Meu pai falou.
- Dane-se eles. Eu não sou o herdeiro!
- Mas faz parte da família real! Está decidido, você não vai. Não quero problemas.
- Isso não é justo. O que eu vou ficar fazendo aqui?
- Você tem seus amigos, Neymar. - Minha mãe falou, lembrando dos meus amigos.
- Eu sei, o Gustavo e o Guilherme iriam comigo. E nós íamos nos encontrar com o Amancio e o Lima.
- O Conde e o Príncipe da Holanda? Oh God! - Minha irmã exclamou.
- Não começa, Rafa.
- Já tomei minha decisão, Neymar.
- Estou de acordo com seu pai.
- Claro que você está, mãe, você que fez a cabeça dele. - Ela ia protestar, mas eu interrompi. - Tudo bem, eu já informei a vocês o que eu quero. Depois não reclamem das consequências.
- Que consequências, Neymar? - Meu pai perguntou.
- Vocês verão logo. - Disse convicto, saindo do gabinete.
- Queremos saber que consequências você está aprontando, Neymar Junior! - Só pude ouvir o meu nome todo. Isso significa que minha mãe devia estar furiosa. Mas dane-se, eles que pediram isso. Ainda sou um cara legal e fiz um ultimato.

Desci para a biblioteca e peguei o meu celular, discando para os meus amigos.
- E aí, Neymar! - Ouvi o Gustavo do outro lado da linha.
- Avisa pro Guilherme que ta confirmado, vou pra Londres amanhã à noite.
- Seus pais deixaram?
- Claro que sim. Mesmo se eles impedissem eu ia de qualquer jeito. Você sabe quem eu sou.
- Ah, claro garanhão. Então, tudo certo. Até mais.
- Falô!
Certo! Hora de ligar para os outros. Liguei para o Gilmar e para o Jota e eles confirmaram que iam também. Ótimo, nós cinco em uma viagem histórica para a Inglaterra, mal podia esperar. Agora só acertar as últimas coisas: Pegar as economias, tentar sair daqui sem ninguém notar, pegar o Gustavo e o Guilherme, mandar o Paul nos levar ao aeroporto e hasta la vista, Dinamarca!
Eu sou Neymar da Silva Santos Junior, Príncipe da Dinamarca, filho de Neymar Edward Silva Santos, Rei da Dinamarca e Nadine Silva Santos, Duquesa da Dinamarca. Tendo uma irmã mais velha, Rafaella Silva Santos, Princesa e futura herdeira do Trono real da Dinamarca. Chega de nomes da nobreza! A partir do dia que eu sair desse País serei apenas Neymar Winston. Sem títulos, sem dever e bla bla. Vou ser apenas um cara normal como qualquer outro.

Geanne

Acabou o ano de colegial. Não poderia estar mais satisfeita, irei fazer faculdade no ramo de fotografia. Estava esperando a carta de aceitação. Sou Geanne Santoro, tenho 18 anos, na verdade daqui a alguns dias iria fazer 18. Nasci no Brasil e algum tempo atrás morava lá também, mas meu sonho sempre foi morar em Londres e aqui estou eu. Essa cidade é simplesmente perfeita, do jeito que eu imaginava. Eu trouxe comigo duas amigas, Julia e Leticia, elas iam fazer faculdade também, uma no ramo de gastronomia e outra no mesmo ramo que eu.
Estava acabando de chegar da biblioteca, tinha acabado de alugar dois livros. Um era a saga Percy Jackson, mundialmente conhecida, e a outra era de Contos de fadas, todos juntos. Eu adorava esses livros de aventura. Cheguei no apê onde eu e minhas amigas atualmente estávamos instaladas.
- Já voltou? - Julia falou.
- Sim, só fui para a biblioteca pegar esses dois livros. - Falei, mostrando os livros.
- Você e esses livros. - Ela soltou uma risada. - Está na hora de comprar uma estante, não acha? Daqui a pouco sei que você vai na biblioteca comprar. - Eu a ignorei e peguei meu Notebook e sentei no sofá da sala.
- OLÁ GENTE! - Leticia apareceu, gritando com uma touca na cabeça.
- O que é isso?
- Estou hidratando meu terrível cabelo.
- Hmm. - Incrível como nós três éramos diferentes, cada uma com uma personalidade.
- Vou ler no meu quarto, qualquer coisa me chama. - Falei.
- Hey, amanhã vamos ao museu, está bem? - Let.
- Ok. - Falei e fui direto pro meu quarto começar a ler o terceiro livro de Percy Jackson.

Neymar

Estava de noite, Scarlete veio me dizer que o jantar estava servido. Me arrumei formalmente e desci para a mesa onde meus pais e minha irmã logo se encontravam. Percebi que minha mãe não tirava os olhos de mim o dia todo, muito menos agora.
- Boa noite. - Todos responderam minha saudação.
- Vamos pra onde amanhã? - Meu pai perguntou.
- Como? - Não lembrava para onde nós íamos amanhã.
- Dia da responsabilidade. Lembra-se?
- Não. - Falei sincero.
- Ah, sabemos que essa palavra não entra na sua lista. - Rafaella.
- Não enche.
- Meninos, estamos na mesa. Isso não é hora de provocação. - Ouvi meu pai falar enquanto éramos servidos pelos empregados da casa.
- Desistiu? - Depois de alguns minutos minha mãe me perguntou.
- Do que?
- Do que você tem em mente. Sei que está planejando algo, e algo que eu não gostaria de imaginar. - Bufei.
- Não sei do que está falando. E a senhora devia se poupar de estresse, isso conta com os vigias que a senhora mandou para ficar de olho nos meus passos.
- Você me fez tomar decisões drásticas.
- A senhora está imaginando coisas. O que eu iria fazer então? - Ela me olhou desconfiada.
- Acalme-se, Anne. O menino não vai fazer nada. Ele não ousaria. - Meu pai falou e ao mesmo tempo me intimou.
- Não mesmo.
- Com licença. Vossa Majestade.. - Scarlate entrou e entregou uma carta ao meu pai. Vi ele abrindo e lendo o papel.
- Uh?
- "Vossa Majestade, eu, Lionel Blayde, lhe dou uma sugestão de um formal casamento a sua Alteza Real Rafaella Junior antes da Alteza ser coroada. O parlamento está tendo conversas intimidantes sobre as regras da coroação, e com ajuda do irmão da Vossa Majestade isso só tende a piorar. Com muito respeito e lealdade a Vossa família indico um Baile para arranjar um pretendente a Vossa Alteza. Atenciosamente, Lionel Blayde." - Ouvi o suspiro do meu pai. Rafaella quase se engasga com a bebida.
- Como assim casamento?
- Eles pensam que você não tem a mínima capacidade de governar esse país sozinha. - Meu pai falou.
- Que petulância. Eles não sabem de nada.
- Ela é obrigada a casar? - Fiz uma careta.
- Eu não vou casar com ninguém só por causa da coroação.
- Vamos fazer o seguinte. Vamos dar boas vindas a esse baile aqui, não é necessariamente obrigado que você escolha alguém.
- Não preciso, pai. Já tenho a pessoa, mas casar? Que seja bem em um futuro distante.
- Quem? Nathaniel? - Perguntei. Rafaella me lançou um olhar feio. Eu ri.
- Como? - Minha mãe perguntou, olhando pra minha irmã. - Você está interessada no seu primo? Aquele que mais quer a coroa?
- Não é ele, é o pai dele.
- Grande diferença. - Meu pai dizia. Enquanto eles discutiam eu tinha acabado de jantar e me retirava.

- Neymar! - Ouvi alguém me chamar.
- Eu? - Me virei antes de me retirar dali.
- Qual a pressa de sair? - Minha mãe.
- Vocês que falam demais, sinceramente. Vou dormir! Estou cansado.
- Não esqueça que amanhã vamos ter que sair. Apronte seu cavalo branco.
- Certo, pai.
- O BRANCO, não o preto. - Ele me encarou.
- Formalidades idiotas.
- Neymar!
- Já estou indo, fui. - Deixei eles resmungando. Incrível como eles sempre me repreendem, certo que eu gosto de aprontar algumas coisas que estão fora da formalidade de ser uma alteza. Mas essas coisas de regras é muito sem graça, por isso sempre procuro a diversão. Mas no final minha reputação vai por água abaixo. Divulgam coisas até que nunca acontecem. Amanhã vai ser um longo dia. Fui para meus aposentos, tomei um banho e caí deitado na minha confortável e nobre cama. Não via a hora de sair um pouco daqui e viajar por aí, não sendo um príncipe. Ser um cara normal deveria ser perfeito, quem sabe até poderia encontrar a minha princesa perdida por aí?! Ela estava demorando muito para me encontrar. Eu ri com meus pensamentos. Peguei meu ipod e coloquei os fones de ouvido, e logo estava eu adormecendo ouvindo minhas músicas.

Entreguei meu cavalo para Dallas coloca-lo de volta onde é seu lugar e entrei no palácio as pressas. Já estava no fim da tarde e logo anoitecia, tinha que preparar tudo para hoje à noite. Droga de dia da responsabilidade, só me fez ficar mais nervoso. Minha família vinha logo atrás, cheguei primeiro porque o Pegasus é um cavalo muito rápido e eu o fiz correr que nem um raio. Sentirei saudades deles, do Pegasus, meu cavalo branco e do BlackJack, o meu preto. Os únicos que eu montava e eu era o único que eles deixavam montar. Esses nomes lembravam algo? Sim, leio muito os livros do Rick, sou um fã. Finalmente cheguei ao meu quarto onde preparava minhas duas mochilas. Era a única coisa que eu ia levar, não podia dar bandeira. Sei que meus pais vão sentir minha falta logo e vão rodar Londres inteira até me achar. Quando chegar lá tenho que tomar cuidado com paparazzis e seguranças que forem contratados pelo meu pai. Ninguém podia descobrir quem eu sou, eu prometi a mim mesmo que ia tentar viver como alguém normal.

- Oi? - Atendi o meu celular logo quando vibrou no meu bolso.
- Está pronto? Estamos esperando vocês três no aeroporto.
- Certo, falou algo para seus pais que eu ia?
- Não, como você pediu. O que você está tramando, Junior?
- Não posso dizer agora, GilmarLima. Nos esperem aí, já estamos chegando.
- Ok. - Desliguei o celular e fui checar os cômodos antes de fugir. Quando fui olhar o último corredor, aparece minha irmã em uma posição de quem estava me esperando. Bufei.
- Olá irmãozinho.
- O que é que você quer?
- O que está aprontando?
- Não é da sua conta. - Ela me pegou pelo braço e me puxou para o quarto dela.
- Pronto, agora conte-me. Antes que eu fale pro papai que você estava fugindo.
- Como você...
- Sou mais esperta que você pensa.
- Eu conto se você prometer não interferir.
- Tudo bem.
- Eu vou pra Londres hoje à noite com os meninos.
- O que? Está doido?
- Eu quero um pouco de férias daqui. Esse lugar me deixa agoniado. E sei também que meu destino me espera lá.
- Está ok, senhor destino. Eu não vou te proibir, mas sabe que eles vão senti sua falta, não é?
- Sei, e você vai me prometer a não falar pra eles onde estou. Mesmo que cedo ou mais tarde eles me encontrem, preciso de tempo, pelo menos.
- Você estará em grandes confusões, Neymar. Mas eu sendo sua irmã devo cobrir isso. - Eu sorri.
- Sabe, acho que você será uma ótima rainha.
- Eu não sei... - falou ela, hesitando.
- Relaxa. Bom, tenho que ir agora, me cobre? - Ela afirmou.
Peguei minhas coisas no quarto e minha irmã distraiu os seguranças que estavam rodeando o lado de fora. Pulei a janela, me equilibrando em pedaços onde eu podia escalar e pulei até o chão. Pensei que a altura era mínima, me contorci de dor depois que caí de mal jeito, mas me levantei e corri para o rancho onde estavam meus cavalos.
Como daqui até o muro dos fundos tinha uma distancia enorme, tinha que ser rápido e discreto. Já que estava noite, peguei o Black Jack, vesti minha capa preta e saí com mais de mil para os fundos. Chegando no muro abandonei o Black Jack e o mandei voltar pro lugar onde estava, mas antes tive que ter uma ajudinha. Subi nas costas dele e pulei o muro. Não vi segurança nenhum desde que saí do palácio, mas percebi que minha irmã podia ter me ajudado com isso também. Mas infelizmente ela não pôde fazer nada com as câmeras. Logo a uma distância dali na portaria dos fundos, Paul me aguardava em seu carro. Tive que me ajeitar um pouco para que ele não percebesse que eu estava saindo dali fugindo.
- Vamos, Paul. – Ordenei, entrando com as duas mochilas no quarto.
- Desculpe pelo atrevimento Vossa Alteza, mas pra quê essas mochilas? Não ia só se despedir dos amigos?
- E eu vou. O Sr. Amancio me mandou levar o combustível de comida pra ele, já que estou devendo umas coisinhas. - Eu sorri, lembrando que Jota amava comer.
- Certo, só espero que a Vossa Alteza não apronte e deixe Sua Majestade enlouquecido.
- Pode deixar, Paul. Não vou enlouquecê-los. - Só vou deixá-los assustados. Pensei.

Paul me levou até a casa de Gustavo e Guilherme, onde eu pudesse pegá-los, já que eles iriam comigo também. Mas Paul não sabia disso, ele pensava que todos iam viajar menos eu. Mas percebi que ele estranhava alguma coisa.
- Obrigado, Paul. No Futuro o senhor ganhará algum título, pode ter certeza. - Sorri pra ele.
- Menos, Vossa Alteza. Estou esperando no carro, não demore. - Ele falou e me olhou.
Desci do carro e fomos ao aeroporto onde encontramos Gilmar e Jota.
- E aí gente, beleza? - O legal de nós cinco sermos amigos é que não havia nenhuma regra de como se falar com nós mesmo.
- Sim.
- Já anunciaram o voo, melhor irmos. - Gilmar disse e todos concordaram. Fizemos o check-in e fomos para o portão de embarque.
Depois de alguns minutos, lá estávamos nós indo para o avião. Antes de entrar pude perceber alguém correndo em minha direção. Paul.
- O que está fazendo, Alteza? Não pode sair do País assim. - Ele falou quando finalmente me alcançou.
- Desculpe, Paul. Mas vai ter que ser assim, confie em mim. Mesmo não sendo meu pai, você é como um tio pra mim. E posso jurar diante de ti que eu prometo tentar não criar confusão. Só quero alguns dias de liberdade longe desse confinamento. E meus amigos estão comigo. - Ele me olhou.
- O que direi a Vossa Majestade?
- Não se preocupe, só diga que eu fugi. Se eles te demitirem, eu te contratarei como meu segurança pessoal. - Sorri e subi as escadas, pronto para entrar no avião.
- Se as pessoas descobrirem quem você é, Alteza? Você pode correr perigo.
- Não me chame de Alteza, Paul. Você sabe meu nome. - Me virei pra ele, rolando os olhos. - Pode deixar que eu sei me virar, está bem. - Paul finalmente desistiu de me evitar viajar.
- Tome cuidado.
- Tomarei, Obrigado. Ah, e cuida da minha irmã por mim. - Sorri.
Entrei no avião e fui me sentar nas poltronas, os meninos já estavam a minha espera, principalmente Gilmar e Jota que estavam com uma cara nada legal.
- Você está fugindo?! - Jota perguntou.
- Estou. Mas não é da conta de vocês.
- Você é bem corajoso, Neymar. O mundo não é como você pensa.
- Então vou deixar o mundo pensar em quem eu sou.
- Anh?
- Nada. - Falei sorrindo. - Só temos uma meta aqui. Nos divertir!
Pronto primeiro cap. gostaram~?