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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Chapter 1 - London

Chapter 1 - London

Geanne

- O que?
- E agora, onde a gente vai morar?
- Desculpa gente, se eu soubesse. - Let estava nos comunicando que a dona da propriedade vendeu ela para outra pessoa, e infelizmente temos que nos retirar.
- Onde nós vamos morar?
- Minha mãe mandou eu ir morar na faculdade. É melhor e já tenho direito enquanto eu pago minha faculdade, mas e vocês?
- Não se preocupe Let , não sabemos, mas vamos dar um jeito. - Eu falei, tendo algo em mente.
Bom, não sei se a Ju vai gostar de morar em uma biblioteca mas eu só pensei nesse caminho. Eu já dormi lá, conheço a dona e ela é muito carismática. Certeza que ela ia alugar um quartinho pra gente, até encontrarmos algo para nos fixarmos. Nós arrumamos nossas malas e saímos dali. Leticia disse que iria fazer uma visita pra gente sempre que pudesse e que nós iriamos fazer muita falta. Eu e a Ju estávamos descendo do Táxi já na frente da biblioteca.
- Eu não acredito! - Resmungava Ju. - Vamos morar em uma biblioteca?
- Ju, você já entrou aqui por acaso? E não temos lugar para morar por enquanto, é só um período até a gente arrumar um AP.
- Eu sei, mas é que é meio estranho. Tipo "Oi, onde você mora?" " Eu moro na biblioteca da cidade, que tal ir me visitar algum dia?" - Ela falava interpretando e eu ri. - Isso é muito estranho.
- Eu sei, Ju.
Entramos na biblioteca e mal víamos aquele pequeno salão no começo. Percebi que ela arregalava os olhos e abri a boca como um gesto de admiração.
- Nossa! Retiro tudo que eu disse, deve ser legal morar numa biblioteca. - Eu ri. - Agora sei porque você vive vindo até aqui. - Logo Sra Lerman veio nos atender.
- Boa noite, meninas! Geanne, já sabem onde vocês irão ficar?
- Olá Sra Lerman. - Nós duas a saudamos.
- Sim, sei o caminho. Obrigada.
- Não há de quê. - Eu já tinha falado nossa situação antes de vir pra cá, e a Sra Lerman entendeu e nos deixou ficar por algum tempo.
- Geanne, Ju . Tenho uma coisa para falar pra vocês.
- Sim?
- Estava pensando, para vocês não pagarem o quarto que vocês vão utilizar por enquanto, que tal vocês somente ajudarem no auxilio a biblioteca? Digo, como um trabalho. Mas vocês também podem ter o direito de tirar um livro sem qualquer custo. - Ela falava sorrindo.
- Isso é possível? - Perguntou Ju interessada.
- Claro que sim, não vejo problema nisso.
- Então acho que aceitamos. - Nós sorrimos.
- Que bom, olha, não é nada puxado ou obrigado, só uma ajuda. - Nós concordamos. - Boa Sorte. - Ela falou e saiu.
- Eu não acredito, meu sonho é morar em algo enorme cheio de coisas magnificas. Geanne, eu te amo. - Ju falava.
- Tudo bem, não precisa me agradecer. Acho que vai ser legal também.

Já eram três horas da madrugada e eu simplesmente não conseguia dormir. Talvez pela mudança de local, eu não sei. Resolvi passear para ver se o sono vinha. Passei de estante em estante até que uma sessão me chamou atenção. "Contos". Entrei, dando uma de curiosa e fui bisbilhotar os títulos dos livros e UAU! Como eu imaginei, tinha uma área coberta de livros de contos de fadas. Rapunzel, Branca de neve, Cinderela, A pequena Sereia, João e Maria... Chapeuzinho vermelho. Parei nesse e abri o livro. Me aconcheguei, sentando na mesa. O livro era ilustrado, eu já tinha lido todos os contos de fadas, minha mãe tinha mania quando era criança de contar eles em cada noite que eu dormia, até quando eu tinha quinze anos eu amava ler livros de contos. Eles pra mim eram um tipo de joia rara, era não, são! Sorri ao ver uma figura da chapeuzinho com sua cesta passeando no bosque.
Eu não era que nem algumas meninas que sempre sonham em ser a princesa dos contos de fadas que esperava seu príncipe encantado em um cavalo branco, eu tinha a certeza da realidade. Não existe esse negocio de Felizes para sempre, o que existe são pequenos momentos felizes que podem ser especiais. Imagina um mundo onde todo mundo é feliz, ninguém briga, ninguém se estressa, todo mundo sorri? Ficaria um tédio. Sinto que com a tristeza as pessoas aprendem com a vida.
Eu acredito que para todas as pessoas existe um outro alguém que é capaz de fazer você feliz. Amor. Pensando nisso, acho que eu sou perfeita para ser a chapeuzinho vermelho. Eu ri com meus pensamentos. Já namorei diversas vezes, mas nenhuma vez eu me senti especial, sempre sentia que algo faltava, mas só vejo isso agora. Naquela época em que eu namorava eu pensava que ia ficar com ele para sempre, estava enganada. Eu sempre tive tudo que eu queria, uma família de classe média que me amava, amigas leais e engraçadas... Uma vida sensacional, mas a única coisa na qual eu não tinha sorte, era no amor. Cadê você, príncipe da chapeuzinho? Suspirei. Eu acho que ainda anda perdido por aí, e vai ser muito difícil encontrar a chapeuzinho, principalmente a chapeuzinho da realidade: eu. Procurei demais alguém para mim, e quase sempre eu quebrei a cara, agora eu desisti de encontrá-lo. Ele que venha me buscar. Coloquei o livro de volta na estante. Acho que encontrei o lugar perfeito aonde eu queira ficar sozinha.

Neymar

Acordei quando senti que algo quente batia na minha face. Era o sol que já estava nascendo. Senti alguém me cutucando.
- Neymar, já vamos pousar. - Gustavo falava do meu lado.
- Sério? Já estamos em Londres? – Falava, enquanto me ajeitava no banco. Fui checar meu celular e lá havia uma mensagem. "Está tudo bem por aqui, quando tiver muitas ligações perdidas já sabe que eles notaram sua falta por aqui. Boa viagem! X Rafa". Sorri, mandando outra mensagem. "Obrigado por tudo mana, Te amo."
- E aí já notaram? - Jota veio me abordando.
- Ainda não, eles não costumam acordar cedo. Mas sei que logo logo eles vão saber que eu fugi. – Falava, enquanto eu e os meninos nos preparávamos para o impacto da aterrissagem.
Depois de algumas horas, estávamos parados no aeroporto esperando uma van contratada pelos Amancio's.
- Qual seu nome mesmo? - Guilherme perguntou. - Aquele menos conhecido. - Nós rimos.
- Menos? Esse sobrenome não existe. - Gilmar.
- Winston, Neymar Winston. - Sorri. Logo depois estávamos dentro da van indo para algum lugar que o Gilmar disse que a gente ia ficar, a propriedade estava no nome da família dele. No caminho, víamos cada pedacinho de Londres. Não quero sair daqui tão cedo.

Depois de nos alojarmos na propriedade do Gilmar, começamos a bagunça. Todos estavam reunidos na sala.
- Qual seu plano agora, Neymar?
- Não é obvio? Me divertir. Primeiro vou conhecer Londres, seus pontos turísticos. Depois nós vemos o que fazemos.
- Eu só sei que vou para algum pub. - Guilherme.
- Falou o puto que está doido para beber e pegar mulher. - Nós rimos.
- Interessante como a gente perde o linguajar ao nos afastar do nosso país. - Gilmar comentou.
- Do nosso país? Você quer dizer dos nossos pais né? Uns chatos. - Jota falou e nós rimos mais uma vez.
- O que vamos fazer mais tarde? – perguntei.
- Passear por aí, ver as pessoas.
- Vocês dois. - Gustavo falou, apontando para mim e para o Gilmar. - Espero que ninguém os conheça, príncipes. - Esqueci de mencionar que o Guilherme e o Gustavo não tinha a família ligada a nobreza. Mas mesmo assim eram dois dos meus melhores amigos.
- Não vão, aqui é outro país.
- Hoje que tal irmos ao museu?
- Boa ideia!
- Vou descansar agora, depois nós vamos, certo? - Todos concordaram.
- Com licença. - Me retirei da sala e fui ao meu quarto. Fui pra janela ver como era a vista daqui. Muito lindo. Londres era perfeito. Bocejei, sentindo o cansaço me dominar e me deitei na cama, logo adormecendo e entrando em um sonho um pouco esquisito.
Era uma visão turva, mas dava pra perceber que era minha casa, o palácio. Depois mudou a cena, era um lugar estranho, onde tinham vários objetos valiosos. Relógio, um báculo. Uma coroa. A coroa brilhava intensamente ao me notar ali, ela era magnífica e enorme. Era de ouro, parecida com a coroa do meu pai. Devia pesar toneladas, me vi assustado olhando pra ela e depois comecei a sorri. Minutos depois mudou de cena mais uma vez. Agora mostrava uma garota linda entrando em um Hall com um vestido azul, mas possuía uma mascara. Ela me encarava séria, mas com uma expressão confusa.
Gustavo falava algo ao meu lado, mas eu não entendia. Logo depois ela foi pra fora, eu tentei ir atrás dela, mas não conseguia. Em sonhos ninguém consegue correr, havia um sentimento estranho ali. Não identificava qual. Outra cena novamente estava mudando, agora aparecia outra mulher, na verdade era minha irmã.
- Eu não posso ser a Rainha, eu abdico a Coroa. Sabe o que isso significa né? Ela vai... - De repente a cena foi ficando escura, e eu só lia os lábios da Rafa.

Senti minha consciência voltar ao poucos. Mas o que foi aquilo que eu acabei de sonhar? Que coisa estranha. Quem era aquela garota de vestido azul? Fiquei pensando mil coisas, antes de me aprontar e ir pra sala procurar os meninos. Coloquei meu suéter, uma calça amarronzada e calcei meu all star vermelho.
Encontrei eles na sala, assistindo TV.
- Pensei que não ia acordar mais, Bela adormecida.
- Ha Ha Ha. Vamos para o museu? - Antes deles responderem, ouvi o meu celular tocar. Olhei no visor e percebi que era minha irmã.
- Não vai atender? - Liam perguntou.
- Não. – Falei, rindo. Olhei mais uma vez e percebi que deixaram uma mensagem de voz. " Neymar! Sua irmã disse que você saiu cedo, e mandou avisar que ia dormir na casa dos Payne's. Custava ter avisado? Ligue assim que puder." Eu sabia que era um dos meus pais, a Rafaella nunca ligou pra mim, apenas me mandava mensagens. E bom, eles não tinham celular.
- Vamos para o museu, estou curioso para saber o que tem. - Todos estavam prontos, e fomos em uma van para o museu.
O edifício era enorme, nunca tinha visto outro além daquele do meu país. Pra mim, andar por Londres, mesmo de carro com seus melhores amigos, tranquilo, sem ninguém saber quem é você, era melhor do que ser vigiado 24 horas por dia. Sorri, descendo do carro.
- Então vamos lá. - Jota anunciou, correndo nas escadarias e subindo para entrar no museu. Nós acompanhamos.
Compramos nossas entradas e paramos no saguão onde já haviam peças. Tiramos fotos, tentamos procurar informações e até zoamos uns aos outros quando encontrava algo engraçado. Quem passava por ali poderia pensar que éramos garotos normais, e não garotos de nobreza em sua família e como, por exemplo, eu, realeza.
Estávamos indo para o último andar, quando no momento que olhava pra trás tentando conversar com o Guilherme, sinto algo me esbarrando. Olhei diretamente para a linda garota que acabava de esbarrar em mim sem querer que descia as escadas. Li os lábios dela e percebi que ela pedia desculpas atrapalhadamente, mas eu não conseguia ouvir nada. Na verdade eu não estava era prestando atenção no que ela dizia, somente na beleza que a garota possuía. Depois de um tempo percebi que ela tinha deixado algo cair, olhei pro chão e era uma rosa vermelha. Franzi a testa e corri em direção ao corrimão, olhando para baixo com a esperança de encontrá-la e dizer que ela havia deixado cair algo, mas sem sucesso. Ela já tinha desaparecido. Olhei pra flor, pensando na mesma, até que Liam me chamou a atenção.
- Vai ficar parado aí o dia todo? Vamos. - Ele falou e eu o segui, ainda com a flor na mão.
Não podia jogá-la fora. Era uma flor, eu sei, mas eu não tinha coragem de jogá-la. Ela era daquela garota, e eu tinha a sensação de ser obrigado a encontrá-la e devolver o que é dela. Mesmo que só seja uma mera rosa. Com esse intuito, fiquei o tempo todo com ela na mão, até guardá-la depois.


Geanne


Estávamos rindo, tomando o nosso segundo milkshake. Tínhamos acabado de sair às pressas do museu, se fosse pela Let nunca íamos sair de lá.
- Ai que gostoso. - Let falava. - Sempre que eu tomo milkshake de creme eu tenho vários inícios de orgasmos.
- Nossa. – Falei, rindo com Ju.
- Essa foi boa.
- Eu não aguento mais tomar milkshake, meu cérebro já está congelado. - Falei reclamando, passando a mão na minha cabeça. Senti falta de algo. - MINHA ROSA!
- O que tem ela?
- Perdi! - Fiz bico. - Droga, acho que deve ter caído no museu.
- Ah, qual é Ge. Você não vai morrer por causa de uma rosa. - Let falou.
- Nem vem, foi o tiozinho da rua que me fez o favor de me dar.
- Nem me fale nesse tiozinho, ele estava com uma cara medonha.
- Nada a ver, Ju. Ele foi muito educado ao me dar uma rosa.
- Eu estava com medo dele ok?
- Que seja! Perdi minha rosa, quero outra.
- Ahá há, vá só. E aliás, eu acho que você deixou cair quando esbarrou naquele Deus Grego.
- Deus grego? - Eu e a Let perguntamos com uma cara de interrogação.
- Não viram o rosto dele?
- Eu não... Só vi as lanternas Verdes dele. - Eu falei, me referindo aos olhos.
- Nem eu.
- Sério? Não sabem o que perderam. - Ju falou, rindo. - Geanne, ele era lindo demais e você nem viu o menino. Ele te olhou muito, viu?
- Que olhe, fui feita pra olhar ué.
- Nem se acha! - Let falou, rindo. - O que vamos fazer agora?
- Ir para casa, porque eu estou cansada. - Falei resmungando.
- Pra casa, você quer dizer biblioteca né? Porque nós moramos com um monte de livros.
- Posso ir com vocês? Quando anoitecer eu volto para o dormitório.
- Tudo bem. – Falei, pegando a bolsa e indo para o caixa pagar os milkshakes. Neymar


O Sol já tinha se ido, resolvemos voltar para casa e descansar um pouco. Além do museu, nós paramos para comer em alguma lanchonete, daí conheci o famoso cachorro quente que o Louis sempre falava. No palácio as comidas eram diferentes, eram comidas nobres, mas sinceramente aquele cachorro quente era mais gostoso que muitas.
Subi para meus aposentos, precisava de um banho, tirei a camisa e deixei pelo chão mesmo. Lembrei de algo que chamou minha atenção, a flor. Eu a tinha colocado na cômoda logo que cheguei, à peguei e arranjei um pequeno jarro de vidro pra ela e coloquei água dentro. Ela ainda continuava intacta. Flashback do pequeno esbarrão invadiu minha mente, aquela garota de cabelos castanhos ondulados e olhos cor de mel não saía da minha cabeça e eu não sabia nem seu nome.
Suspirei frustrado, fiquei encarando aquela rosa vermelha por alguns minutos, ela parecia mais interessante do que todas as coisas ali.
Voltando à realidade, me dei conta que precisava mesmo de um banho. Nos reunimos na sala de jantar e resolvi ligar para minha mãe e tentar enganá-la mais um pouco. Preparei o Gilmar para falar.
- E aí maninho? Tudo bom?
- Oi Rafaella, tudo e como vão as coisas por aí?
- O de sempre não é. Hmm, deixa eu adivinhar, ligou pra falar com a mamãe?
- Yep! - Ouvi um grito do outro lado e depois alguns barulhos.
- Filho, finalmente deu sinal de vida. Como está? Os Lima's te receberam bem? Você está se comportando?
- Calma, mãe. Só tem um dia que estou aqui. E estou bem, os Lima's com certeza sempre me recebem bem, não vai ser diferente agora. E eu não fiz nada até agora, ok? Ah, o Gilmar quer falar com você.
- Certo. - Passei o telefone pro Gilmar.
- Oi, Senhora da silva Santos, como vai?
- Vou bem, querido, e você?
- Tudo ótimo. Bem, quero te pedir se o Neymar er... pode dormir aqui por mais dois dias? É porque meu pai vai viajar e ele queria mais um homem na casa. Sabe como é, proteger sua esposa. - Todos estavam prestando atenção no Gilmar. Eu estava prendendo o riso, ele não sabe mentir. - Certo então. Obrigado, Senhora da silva Santos, até mais. - Ele desligou o telefone, quase morrendo e me encarou. - Não me faça mais fazer isso! Se sua mãe descobre estamos ferrados!
- Calma. - Fiquei rindo. - Tudo vai dar certo, confie em mim.
- Vamos dormir, porque eu estou morto. - Gustavo.
- Também, nem descansou quando chegou de viagem. - Jota.
- Eu vou dar uma volta no jardim. - Guilherme falou e se levantou.
- Espera, eu vou com você. - Falei com Guilherme e fomos em direção à porta. A noite estava um pouco fria, mas nada exagerado, já estava de casaco mesmo. Nós fomos caminhando até o jardim em silêncio, sabia que o Guilherme estava preocupado com algo.
- Diz! - Falei quando nos aproximamos de uma pequena fonte.
- O que?
- Sei que está preocupado com algo. - Ele suspirou.
- Jamie, conhece?
- Aquela que você andava espionando?
- Eu não estava a espionando!
- Ah, claro que não. - Falei irônico.
- Ela é uma princesa, Neymar.
- Eu sei... - Falei o óbvio, mas não entendendo o problema. - Qual o problema nisso?
- Eu sou um mero plebeu.
- Sério que você está me falando isso? Esqueceu que eu também sou um príncipe, mas você é um dos meus melhores amigos?
- Acontece, Neymar, que sua família é totalmente diferente da dela.
- Oh, então sabe até o jeito da família dela.
- Cala boca! - ele resmungou, provocando meu riso.
- Ela te conhece?
- A gente se encontra sempre. Mas estou pensando em me afastar dela.
- Hey, nem pensar! Você gosta dela, não é? Ela gosta de você?
- Gosta.
- Então, sequestre-a!
- O que? Fumou bosta?
- O que? - Eu perguntei naturalmente.
- Neymar, você no começo é bom nos conselhos, mas depois só sai idiotice.
- Se eu tivesse no seu lugar, faria.
- A diferença é que você é louco. Eu não. - Fiquei calado por um momento, lembrando de uma pessoa. - Hey, desculpa se te ofendi, dude. - Eu ri.
- Não é isso. É que... A Flor... Deixa pra lá! - Aumentei os passos.
- A flor? - Guilherme perguntou. - Não acredito que você ainda está com aquela flor.
- Eu vou devolvê-la um dia.
- Neymar. - Ele parou, me fazendo parar. - Um dia? É impossível você achá-la em toda Londres.
- Tentar não faz mal.
- Espere, você não quer só entregar a flor. Você quer conhecê-la. - Bufei. - Ora, ora, ora. Neymar da silva Santos interessado, de verdade, em uma garota? E ainda uma estranha, que mal viu.
- Eu só quero entregar a flor.
- Nenhuma pessoa em sã consciência vai atrás de uma pessoa que nem sequer conhece para devolver uma flor, Neymar.
- Então que eu seja a primeira.
- Tudo bem, príncipe.
- Para de me chamar assim.
- De que? De príncipe? É bonito. - Ele mexeu no meu cabelo.
- Não enche, Guilherme.
- Ok, você que manda. Príncipe. - Ele me deu um pedala e saiu correndo. Fui atrás dele. No outro dia acordei resmungando, pela diferença de fuso-horário, e porque o Jota queria porque queria sair pra comer. E lá fomos nós. Passamos por um tal de Nando's, pela vista parecia um bom lugar. Comemos algo interessante por lá e quase que o Ni não saía de lá. Não sei como aquele garoto come tanto e é magro. Tivemos que trazê-lo na chantagem, senão ele ficaria lá por horas.
Resolvemos conhecer a cidade, visitamos vários pontos turísticos como: Big Ben, O Palácio de Westminster, London Eye, Westminster Abbey, O palácio de Buckingham, como se eu nunca tivesse ido lá, o Zoo, o Museu de Sherlock Holmes e o Abbey Road a famosa rua dos Beatles. E claro, como passamos por isso tudo, não foi questão de minutos e sim horas. Tanto é que já estava de tarde, devia ser umas quatro horas. Decidimos parar e descansar no Green Park.
Como um bom príncipe, temos que aproveitar nosso lado bom. Gilmar pediu a alguém da sua segurança para trazer algo. Nós não entendemos o que ele queria fazer, mas ele disse algo como "vocês vão ver". Logo depois, chegou um carro, e Gilmar pediu para Gustavo o ajudar. Franzi a testa, tentando adivinhar o que eles estavam trazendo. Eram dois violões e algumas caixas transparentes.
- COMIDAAA! - Ouvi Jota gritando. Sorri.
- Alguém sabe tocar? - Gilmar perguntou, mostrando o violão.
- Eu sei. - Jota falou de novo, levantando a mão.
- Eu também. - Levantei a mão.
- Então ótimo. - Gilmar sorriu. Enfim, fizemos um piquenique por ali. Geanne


Estava na varanda da janela que tinha no segundo andar da biblioteca, sentindo a brisa bater de leve no meu rosto. Estava tranquila, só de pensar que daqui a alguns dias minha faculdade começa meu psicológico começa a resmungar, tenho que aproveitar meu momento de liberdade por enquanto.
Londres hoje estava com muita gente passeando pelas ruas, a biblioteca estava cheia. Hoje era um dia não muito normal, na verdade eu sentia algo diferente. Se bem que hoje não aconteceu nada de diferente. Suspirei frustrada, será que algo legal e surpreendente vai acontecer na minha vida? Estava precisando de desafios nela, coisa que eu nunca tive.
- Geanne! - Let apareceu gritando.
- Shhhh, isso aqui é uma biblioteca, não é uma rua.
- Desculpe, mas eu vim aqui te convidar pra algo. Eu já falei com a Ju e ela aceitou.
- Convidar para o que?
- Sairmos por aí. Qual é Ge, hoje está um dia meio que feliz nessa cidade, percebeu? - Ela perguntou. Então ela sentiu isso também, hm.
- Tudo bem, vai. Mas para onde vamos?
- Conhecer umas amigas minhas e depois quem sabe vamos da as caras do Green park e tentamos encontrar a Léia?
- Quem diabos é Léia?
- A gata da minha amiga que você daqui a pouco vai conhecer. Anda, vamos logo. - Ela saiu, me puxando pelo braço até lá em baixo. Chegando lá encontrei a Ju já pronta.
- Espere, eu vou assim? – Perguntei, apontando pra mim.
- Nem vem que você está linda. Sempre né.
- Você está tirando com minha cara, não é?
- Cala boca, e vamos logo. Confie em suas amigas. - Levantei as mãos para o alto, desistindo. Atravessamos a rua e pegamos um táxi até a casa da tal amiga da Let que tem uma gata chamada Léia. Algo me dizia que essa menina gostava de Star Wars. Depois de alguns minutos estávamos em frente à casa dela, e posso dizer QUE CASA. Para mim aquilo era uma mansão, e das mais bonitas. Conhecemos ela, o nome dela é Juliet. Ela era super fofa, muito educada, e muito divertida. Acho que seríamos um bom quarteto.
Mais tarde, Let inventou de ir ao Green Park, procurar a tal Léia. E Juliet falou que ela já tinha voltado, quase pulei de alegria, estava com preguiça de ir ao Green Park. Mas a idiota da Let falou que então íamos sem motivo. Essa menina quando quer alguma coisa é difícil fazê-la desistir, então lá fomos nós.

Neymar


- Oh, estou cheio. – resmunguei, satisfeito.
- Pensei que um P... - Guilherme olhou para os lados. - Quer dizer, pensei que uma pessoa como você não tinha esses modos. Que eu sabia vocês falam 'satisfeito'.
- Que seja, não estou em nenhum encontro importante, e sim com meus amigos.
- Está tarde, estou cansado e antes que anoiteça é melhor arrumarmos isso.
- Você e o Guilherme que fizeram essa bagunça enorme, Gilmar. - Gustavo resmungou.
- E você começou a guerra de doces, nem vem. - Eu falei.
- Tenho doce grudado até no cabelo, dude. - Jota reclamou.
Nós arrumamos as coisas e limpamos o que havíamos sujado. Estávamos esperando o carro chegar, de acordo com o que o Gilmar disse daqui a trinta minutos ele chegaria. Encostei na árvore mais próxima, já que não estava a fim de ficar no sol, e todos me imitaram, ficando cada um encostado na árvore, ou seja, nós estávamos em volta da árvore. Fechei meus olhos já sentindo o cansaço me dominar, fazia tempo que não me divertida desse jeito. Acho que cochilei um pouco, quando abri os olhos os meninos estavam correndo por aí, menos o Guilherme, que estava dormindo do outro lado da árvore. Foi quando eu fui me levantar que algo bateu no meu pé e foi imediatamente ao chão, me fazendo assustar. Foi quando eu vi que era uma menina, fui tentar ajudá-la, pegando em sua mão e a levantando. Entrei em estado de choque ou estado de surpresa, quando eu vi sua face sorridente, seu cabelo castanho ondulado e seus olhos cor de mel. Era ela.
Eu ainda vou continuar a historia antiga ok?

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