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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Chapter 3 - Red Jacket


Chapter 3 - Red Jacket

Eu fiquei paralisada com o lobo que eu via na minha frente. Como pode existir um lobo nesse Park? Ao meu lado, Ju já estava tremendo. Colocamos um pé pra trás tentando nos afastar, mas a cada vez que nos afastávamos ele se aproximava. Olhamos uma para outra e percebi que ela pensou a mesma coisa. Se ficássemos iríamos morrer, se corrêssemos talvez teríamos chance. Esperança.
Apertamos o pé e nos viramos, dando impulso a nossas pernas para correr. Mas pra frente havia dois caminhos, a Ju foi para um, mas a idiota aqui resolveu ir para o outro. E acredite, o lobo não quis saber da Ju, ele estava atrás de mim, porque ele escolheu o caminho em que eu estava. No meu caminho era a saída, já dava pra vê-la. Estava nervosa, eufórica e com medo, muito medo. Não conseguia pensar em nada a não ser correr. O lobo corria atrás de mim rosnando. Ai cara, eu não podia morrer logo hoje. Péssima hora para reclamar, a coisa piorou de vez quando eu fiz o favor de escorregar na lama e cair no chão. Uma dor insuportável eu senti no meu pé. Me sentei na lama, tentando levantar, algo que eu não conseguia devido à dor. Talvez eu tivesse torcido meu pé. O lobo se aproximava devagar ainda rosnando para mim, eu tentei me afastar me arrastando na lama, mas isso era impossível. Se não fosse pela temperatura não saberia que estava chorando, sim, eu estava chorando e já imaginando a hora que esse lobo ia pular em cima de mim e me rasgar com os dentes. Vi ele chegando mais perto, e em forma impulsiva de defesa me encolhi, colocando os braços sobre meu rosto esperando o ataque, coisa que não aconteceu. Ouvi alguém gritando meu nome e logo o lobo tirou a sua atenção de mim, esse alguém veio correndo com um pedaço de madeira na mão, tentando afugentar o lobo. Só foi o tempo dele o golpear no focinho que o lobo partiu correndo chorando.
Eu o via correr, mas estava em estado de choque. Apenas quando duas mãos frias me tocaram que eu pude voltar à realidade. A minha primeira reação foi chorar e o abraçar forte. Agora de perto e pelos seus olhos Verdes intensos e insubstituíveis, pude reconhecer que era o Neymar e mais atrás de mim vinha o Gustavo.
Depois pude ouvir o grito da Ju.
Geanne! OH MEU DEUS! VOCÊ ESTÁ BEM? TEMOS QUE LEVÁ-LA A UM HOSPITAL! COMO EU FIQUEI PREOCUPADA COM VOCÊ, QUANDO VI QUE O LOBO NÃO ESTAVA ATRÁS DE MIM, EU ME DESESPEREI. SE VOCÊ MORRESSE EU FICARIA CULPADA PELO RESTO DA MINHA VIDA, PORQUE EU PREFERIA MORRER NO SEU LUGAR. - Ela falava desesperada e logo me abraçou, empurrando o Neymar.
- Desculpa, e-eu est-estou bem agora. - Eu tentei falar quase saindo falha a voz.
- É melhor sairmos daqui antes que ele volte. - Gustavo falou. Eu tentei me levantar, mas foi em vão, voltei ao chão em menos de segundos.
Ge, não consegue ficar de pé? - Neymar me perguntou.
- Eu acho que machuquei meu pé. 
- Vem! - Ele me ajudou a levantar e me pegou no braço.
- Vamos! – falou Gustavo. Saímos finalmente do Park e paramos do lado de fora. Havia um carro ali.
- Vamos te levar ao hospital. - Neymar.
- NÃO... Eu estou bem, eu não quebrei meu pé. Só deve está torcido.
- Mas e se for algo mais grave? - Ju perguntou.
- Esta tudo bem, confie em mim.
- Ok. - Ela falou.
- Vou te levar pra casa.
- NÃO! - eu e a Ju falamos juntas. 
- Não podemos ir, a Sr Lerman vai nos matar e vai querer saber o que aconteceu. E... - Interrompi a Ju falar.
- Só nos dê um tempo. Precisamos por as coisas no lugar.
- Então, acho melhor nós levarmos elas para a casa do Gilmar.
- Boa...
- Onde fica a casa do Gilmar? E quem é esse Gilmar? Gente, vocês não podem nos levar pra lá, nem conhecemos o dono. - Ju falava.
- Não é por nada não, mas decidam-se. Eu estou carregando a Ge. - Neymar falou.
- Me chamou de gorda? - Eu perguntei, o olhando.
- Não, mas isso não quer dizer que você não pesa, né. - Ele riu.
- Vai por mim, vocês vão ficar bem lá. Vamos de uma vez, Neymar. - Gustavo falou.
- Tudo bem. - Ju acabou concordando.
Estava na sacada da casa do Gilmar, ou melhor, na mansão do Gilmar. A primeira vez que vi essa casa eu me impressionei. Ela é muito grande, eles deviam ter dinheiro. Enfim, estava na sacada tentando organizar a minha mente. Um monte de perguntas perambulavam no meu cérebro, algumas como: O que aquele lobo estava fazendo ali? Por que ele correu para o meu lado? Não que eu queria que ele fosse para o da Ju, mas não entendo mesmo. Como que o Neymar apareceu do nada com o Louis? E como aquele lobo idiota fugiu apenas com uma batida no focinho? Eu estava louca tentando responder aquelas perguntas.
Quando chegamos aqui, estava começando a chover novamente, por isso ainda estou aqui. Liam é realmente um garoto educado e muito gentil, ele me acomodou na sua casa e ainda pediu para o médico da família me atender. De uma coisa eu tinha certeza, a família do Liam tinha muito dinheiro. Mas enfim, conheci também mais dois amigos do Neymar, o Guilherme e o Jota. Incrível como todos são amigos e lindos ao mesmo tempo.
Me encostei na parede, encostando minha cabeça no vidro, vendo a chuva cair do lado de fora, quando ouvi a porta do quarto do Neymar se abrir, é eu estava na sacada do quarto em que ele estava hospedado.
- Oi, posso entrar?
- Oi, claro. – Respondi, sorrindo. Ele abriu a porta. Neymar é muito educado, até para pedir permissão de entrar no quarto onde ele estava se acomodando. Se fosse eu teria aberto sem permissão.
- Como está se sentindo?
- Estou bem melhor.
- Eu trouxe isso pra você, vai te aquecer um pouco. - Ele me entregou uma caneca com algo dentro.
- Isso é chocolate quente? - Ele afirmou com a cabeça. Peguei a caneca da mão dele. - Obrigada. – Falei e logo depois tomei um gole. Fechei os olhos, sentindo o liquido quente passar pela minha garganta.
- Muito bom.
- Pelo menos isso eu sei fazer. - Ele riu.
- Você que fez pra mim?
- Sim.
- Ah que fofo, obrigada. - Eu o vi corar de leve.
- Ju mandou avisar que ligou para Sr. Lerman, a informando dos fatos que aconteceu. E bom, vendo que essa tempestade não vai parar, acho melhor dormirem aqui.
- Não querendo me acomodar, mas eu já previa isso. - Nós rimos.
- Mas Ge, eu ainda não entendi onde você estava com a cabeça em ir a noite em uma tempestade para um Park.
- Eu não fui à noite pra lá. Se eu soubesse que viria essa tempestade eu nem iria, sabe, para o nosso encontro.
- Eu pensei nisso quando começou a chover. Sabia que você não iria com um tempo desses.
- Mas então por que estava lá?
- Eu não sei. Um pressentimento talvez. Falei com o Louis e fomos primeiro na biblioteca saber se estava por lá, mas a Sr. Lerman disse que vocês tinham ido ao Hyde Park e não tinham voltado. Foi então que fui às pressas pro Park.
- Sabe, eu e a Ju estávamos lá desde a tarde. Estávamos fazendo um piquenique, porque a Ju insistiu tanto. Mas a gente acabou dormindo em uma árvore, e quando acordei já estava escuro e o vento ficando forte. Daí a gente se levantou e achamos melhor ir embora logo, antes que tudo piorasse, e tudo piorou quando estávamos indo em direção à saída e do nada um lobo apareceu. Entramos em desespero e corremos, na correria nos dividimos, mas o lobo escolheu logo o caminho que eu fui. Quando eu pensava que nada podia ficar pior eu escorreguei machucando meu pé, e bom, o resto você já sabe.
- Que estranho...
- Nem me fale. Estou ficando louca só de pensar porque isso aconteceu.
- Bom, isso já passou. Acho melhor esquecer um pouco e descansar, não acha? Você deve estar cansada.
- É, você está certo. Neymar...- Eu chamei-o pelo nome. - Tem certeza que não há problema em eu dormir aqui no seu quarto?
- Claro que não. Pode ficar à vontade, o que não falta aqui é quarto.
- Então por isso mesmo, eu podia estar em outro quarto.
- Esse é o melhor da casa. Portanto, quero que fique nesse. - Ele sorriu.
- Tudo bem. - Tomei o resto do chocolate quente e entreguei a caneca pra ele.
- Não tive tempo nem de te agradecer por ter salvo a minha vida. - Falei antes que ele saísse pela porta.
- Tudo bem, Ge. Não teria pensado duas vezes antes de te salvar. - Fiquei sem graça com suas palavras.
- Obrigada, mesmo assim. Boa noite. – Falei, deitando na cama.
- Boa noite, qualquer coisa estou logo ao lado. Tenha bons sonhos, Lady Geanne. - Ele riu e eu fiz uma cara estranha. Porque mesmo ele me chamou de Lady?
Apaguei as luzes e adormeci logo. Infelizmente meu momento de paz durou um pouco, até em sonhos o maldito lobo apareceu.
Acordei e senti meu corpo doer um pouco. Sentei-me na cama e fiquei parada por uns instantes. "Que noite louca" Pensei. Fiz minha higiene pessoal e desci para a sala, encontrando os meninos logo ali.
- Bom dia, Ge! - Eles falaram.
- Bom dia, gente. - Sentei com eles.
- Dormiu bem? - Perguntou Gilmar do meu lado.
- Só no final, custei a dormir sem ter pesadelos. Ah, e obrigada por nos deixar passar uma noite aqui.
- Não foi nada. - Ele sorriu.
- BOM DIA, PESSOAS LINDAS! - Ju já veio gritando com certa intimidade com os meninos.
- Ju, você não está na sua casa.
- Eu sei. Desculpa Gilmar, mas eu sou assim. Então me aceite, se não vou embora. - Não aguentei e soltei uma gargalhada, os meninos devem pensar que ela é louca.
- Cadê o Neymar? - Perguntei.
- Ainda não acordou, eu acho. - Guilherme falou.
- Mas que dorminhoco.
- Deixa o menino dormir, velho, ele te carregou. Agora ele tem que descansar. - Ju fez uma piadinha.
- HA HA HA Que engraçado. - Falei sem humor.
- Mas sério Ge, deixa ele dormir um pouco. Vocês só andam grudados agora.
- O que? Eu só vi ele duas vezes, como estou andando grudada nele? Exagerada.
- Na verdade... - Louis parou um pouco. - Eu acho que é mais da parte do Neymar ficar grudado na Ge. Que ele não ouça, mas ele só fala em você. - Fiquei vermelha e totalmente sem graça e pra piorar todos estavam olhando pra mim.
- Bom dia! - Ouvi alguém falar, descendo as escadas. Neymar. Fiquei um tomate, pior do que já estava. Todos riram, percebendo meu estado. - O que foi? Do que vocês estão rindo?
- Nada, Neymar. Nada. - Gustavo falou.
- Oi Ge. Como está se sentindo?
- E-Eu e-estou bem. – Falei, me embolando nas palavras. Ainda estava super sem graça.
- Está com febre? - Ele pôs a mão na minha testa.
- Não. Por quê?
- É que você está um pouco rosada. - Todos riram mais uma vez. Idiotas.
- Impressão sua, Neymar.
- Bom, vamos comer? Estou morrendo de fome. - Jota me tirou da cilada.
- Que novidade, não é? - Guilherme falou irônico. - Vamos logo.
Neymar
Estava feliz porque a Ge tinha dormindo aqui com a gente. Não sei o que é, mas fico mais feliz cada vez que me encontro com ela.
Todos tinham tomado seu café da manhã e demorado um pouco jogando video game, quando a Ge falou que elas tinham que ir. Não só eu, mas os meninos também não queriam que elas fossem, estava mais divertido do que o normal com elas. Fiz questão de levá-las até a biblioteca.
Chegando lá, Ju foi direto para dentro, nos deixando um pouco a sós.
- Obrigada mais uma vez. Fico te devendo uma ou duas. - Ela sorriu.
- Fica me devendo? Vou cobrar. Certo, Lady?
- Para de me chamar de Lady. - Ela me bateu de leve no ombro, rindo.
- Ge, você não fica me devendo nada, contanto que continue a me encontrar. Falando nisso, você ainda está me devendo o encontro de ontem, ok?
- Tudo bem. - Nos encaramos por um tempo.
- Bom, eu já vou entrar.
- Não me incomodo em ficar mais um tempo te encarando. - Ela ficou envergonhada.
- Tchau, Neymar. - Antes dela se virar e entrar, eu peguei em sua mão e lembrei da minha educação de príncipe. Levantei a mão dela até certo ponto, e me abaixei até alcançar a sua mão com meus lábios. Voltei a minha posição inicial olhando-a nos olhos. Nós sorrimos e foi aí que deixei a mão dela escorregar da minha e logo depois ela entrou na biblioteca. Fui embora de volta à casa do Gilmar.
Dias se passaram e eu nunca mais a tinha visto. Estava sentindo falta do olhar e de seu sorriso. Talvez ela esteja ocupada demais com a faculdade. Estava deitado na minha cama quando senti o meu celular vibrar. Era minha irmã.
- Neymar! Desculpe, e-eu não pude fazer mais nada a respeito. - Rafa falava do outro lado do celular. Levantei preocupado.
- O que houve?
- Papai e Mamãe descobriram que você fugiu de casa através das fitas das câmeras que eu por pouco tempo escondi. E sabem que você está em Londres. Eu pelo menos disse que o Gilmar não tinha nada a ver e que você realmente estava os primeiros dias na casa dele, mas de lá ele disse que ia viajar e você foi junto. - Ela falava desesperada.
- Calma, Rafa. Você fez o que pode, ok? E eu te agradeço por isso.
- Mas, Neymar. Eles estão indo aí para te buscar.
- O que?
- É, eles saíram agora.
- Tudo bem, eles não vão me levar de volta. Eles não vão me encontrar, não agora.
- Mas você está na casa dos Lima's, não é?
- Estou, mas até eles chegarem não vou estar mais. - Me levantei, arrumando minhas coisas.
- E para onde você vai?
- Para uma certa biblioteca. Não diga a ninguém. Tenho que desligar agora, Rafa. Fico te devendo uma, te amo. - Desliguei o celular e fiquei terminando de arrumar minhas malas.
Desci rapidamente a escadaria da mansão do Gilmar. Os meninos me observavam.
- Para onde vai tão rápido assim? E para que essas malas?
- Más noticias! Eu tenho que sair daqui o mais breve possível.
- Por quê? - Gustavo perguntou.
- Meus pais descobriram que estou aqui e eles estão vindo.
- Para onde você vai, Neymar? - Gilmar perguntou.
- Vocês não podem saber, não vou mais envolver vocês nisso. . Meus pais não vão voltar apenas com vocês, eles vão querer me achar primeiro. Então nenhum problema.
- Mas temos que saber onde você vai estar, Neymar. Nós vamos ficar preocupados.
- Eu já pensei em tudo, ok? Qualquer coisa eu faço contato.
- Mas eles não vão te rastrear?
- Não mesmo. - Sorri. - Já pensei em tudo. Bom, até mais pessoal. Se cuidem.
- Se cuide você, já que nem sabemos para onde tu vai. – disse Jota. Acenei e abri a porta, saindo dali.
Eu não vou voltar para Dinamarca até eu conseguir meu objetivo. Me diverti, mas acho que essa diversão virou algo mais, estou apaixonado.
Estava em frente à biblioteca olhando para meu celular, me decidindo se chamaria a Geanne ou não. Resolvi que não, eu tinha que arranjar outro lugar. Fui virar as costas, mas alguém chamou meu nome.
- Neymar? – Parei, identificando sua voz. - O que você está fazendo?
- Oi Ge. - Me voltei para olhá-la. - Bom, eu queria falar com você, mas acabei desistindo e agora não tem como voltar. - Eu ri. Ela observou minhas mochilas.
- Você está indo viajar? - Ela fez uma cara de triste. Eu ri.
- Não, não. Na verdade estou saindo da casa do Gilmar, e eu ia te perguntar se eu podia morar com vocês por pouco tempo. Mas eu acho que vai ser incomodo para Sra. Lerman.
- De jeito nenhum, garoto. - Sra. Lerman apareceu do nada. - Se você está precisando, pode se alojar aqui por enquanto. Mas você vai ter que me explicar por que fugiu de casa. - Arregalei os olhos. Como ela sabia que eu fugi?
- Fugiu de casa? - Ge olhou pra mim, pedindo uma explicação.
- Longa história, Ge. Depois eu te conto, e-eu agora preciso de um lugar para descansar.
- Tudo bem. Entra então. - Eu entrei e logo vi a imensa biblioteca.
- Eu vou falar com a Ju e já volto. - Geanne sorriu e foi ao encontro da Ju.
- No lado direito é a ala dos funcionários, mas em cima ficam os quartos. Mas mudando de assunto, quero que você me explique tudo, Neymar. Ou melhor, Alteza Real. - Fiquei mais nervoso ainda. Como ela sabia quem eu era? Impossível.
- D-Do que está falando?
- Eu sei quem você é. Se eu quisesse espalhar pra todos que o Príncipe da Dinamarca está na minha biblioteca a primeira coisa que eu teria feito era contar para Geanne.
- Como você sabe quem eu sou?
- Sou uma bibliotecária. Leio livros, e sim, os livros contam a história da sua família, e você está nela. Logo que eu vi seu rosto eu percebi que você me lembrava algo, então fui no livro pesquisar.
- Bom, obrigado pro não contar a ninguém. E eu fugi de casa porque no meu país está muita pressão por conta do trono. Eu quis sair de lá, queria ficar em paz, descansar. E bom, eu adorava Londres, e agora que eu vim não quero sair daqui tão cedo. - Vi Gracy vindo de longe. - Principalmente agora. - Percebi que ela olhou na mesma direção que eu estava olhando. Sra. Lerman sorriu.
- Em breve vai ter que contar a ela, Alteza.
- Eu sei, só tenho medo. Ela não vai querer ficar com um príncipe que tem um futuro país nas costas. - Ficamos em silêncio e Gracy chegou.
- Neymar, infelizmente eu estou indo para faculdade. Mas mais tarde a gente se vê, certo?
- Aonde você estuda?
- Na UCL - Ge sorriu e saiu.
- Ela estuda na University College London? - Arregalei os olhos.
- Ela tem notas altas. - Sra. Lerman piscou pra mim e se afastou.
O dia se passou e eu não tinha saído da biblioteca, minha irmã disse que Paul veio para Londres junto com meus pais e ele passará uma mensagem para ela, falando que já tinham chegado em Londres e amanhã mesmo ia começar a buscar por mim, já que não me encontraram na casa dos Payne's. Passei o dia inteiro pensando em como as coisas iam ser no futuro e até que ela veio novamente nos meus pensamentos. Sorri sozinho, lembrando do seu rosto.
Eu precisava tomar uma decisão, eu já descobri que eu a amo. Só preciso contar pra ela, pelo menos antes de ir embora ela tem que saber. Ouvi barulhos do outro lado, se a biblioteca já fechou, isso quer dizer q G deve ter chegado.
Fui correndo olhar e dei de cara com na Ju na escada, meu sorriso logo se desmanchou.
- Ah, é você.
- Oi pra você também, Neymar. Quem estava esperando?
- A Geanne. - Vi ela sorrir.
- Ela entrou dentro do quarto , Neymar.
- Ela veio com você?
- Sim. Vai lá. - Ju fez menção de sair, mas parou. - Ah, como vai o... - A interrompi, já sabendo de quem ela queria saber.
- Ele está bem, já que a conheceu. Sério, ele só vive sorrindo pelos cantos agora. - Vi ela ficar vermelha. - Aproveita, as coisas boas duram pouco. - Dessa vez eu não sorri. E a vi juntar as sobrancelhas. - A gente se vê. - Falei e logo em seguida fui para o quarto da Ge, antes batendo em sua porta. Fui atendido, por uma pessoa com cabelo bagunçado e apenas com uma camisa enorme do Mickey.
- Oh God! - Ela resmungou. - Não me veja assim. - Ela voltou pra cama e se enrolou dos pés a cabeça. - Eu sorri.
- Não se preocupe, continua linda. Mas você deve estar cansada, não é? É melhor eu ir. - Estava fazendo a volta e me retirando, quando algo puxou minha mão, me fazendo girar. Depois senti algo me abraçando.
- O que foi isso? - Falei rindo e a abraçando também.
- Eu provavelmente estou bêbada de sono. Porque naturalmente eu não ia ter coragem de fazer isso. - Eu ri. - Você é fofo. - Senti ela me apertar.
- Eu acho melhor você voltar a dormir. - A conduzi à cama. - Mas vai ficar me devendo uma, amanhã de manhã você terá que me acompanhar a um breve passeio. - Ela me olhou com as pálpebras quase se fechando.
- Está bem.
- Boa noite, Ge. - Depositei um beijo em sua testa. Ela pegou em minha mão.
- Boa noite, Neymar. - Ela sorriu, fechando os olhos e adormeceu. Fiquei a encarando por um tempo, era ela linda demais, meu coração não parava de bater rápido toda vez que a via. Resolvi sair dali logo e dormir em meu quarto. Algo me dizia que amanhã seria um ótimo dia.
POSTEI 2 CAPITULOS PORQUE FIQUEI UNS DIAS SEM POSTAR ;)

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