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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Marry you2 - jantar!

DUDA NARRANDO.

AAAAAAAAAI MEU DEUS, O QUE EU VOU USAR?

EI DUDA! Relaxa, é só seu EX-marido, não precisa usar nada importante...

É, verdade. É só o Neymar. Claro.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI MEU DEUS, O QUE EU VOU USAR?

Saí feito louca pra arranjar um vestido decente, e então eu consegui encontrar.

Era sensual, mas ainda sim, era culto.

Pela primeira vez na vida, EU me preocupei em ir fazer as unhas, fazer cabelo e maquiagem! É! Mas, como eu não tenho paciência, pedi pra Carin e Liv me arrumarem.

Rápido, e irritante.

Ops, quis dizer rápido e barato.

Enfim, olhei no relógio. Sete horas em ponto.

-cadê ele? –murmurei

Antes que eu olhasse no relógio pra ver se tinha passado ao menos um segundo, ouvi a campainha tocar.
Calma, sem nervosismo.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH

Respirei fundo andando até a porta. Assim que abri, minha pose durona se desfez por inteiro.

Ele estava tão lindo!

Extremamente nervoso

Mas ainda sim, tão lindo.

O estilo que ele se vestia, me lembrava bem o colegial. Sabe, despojado. Não deixava de social, mas com uma característica que só ele tem.

Meu sorriso foi involuntário quando ele sorriu e começou a gaguejar.

-você...hm... nossa! V-você está muito linda –ele corou violentamente, arrancando um riso meu.

-Obrigada, digo o mesmo. Vamos? –perguntei

-Claro –ele sorriu de lado. Assim que tranquei a porta, ele pousou sua mão firme em minhas costas. 

Quem nos visse agora, diria que éramos um casal. Ou melhor, que ainda éramos um casal.

Como sempre, ele abriu a porta pra mim, assim que ele entrou no carro, percebi que ele tremia um pouco.

-está nervoso? –perguntei rindo

-Quem? Eu? –ele riu –não. Não. Não. Claro que não. Eu não to nervoso. Não. –ri daquilo

-Você sempre faz isso! Desde o primário! Me pega nos piores momentos e ainda faz perguntas –ele bufou rindo.

-E vai dizer que não faz o mesmo? Você sabe meus pontos e ainda usava ele contra mim!

-Diz um então!

-Na primeira série... quando você disse pra todo mundo que eu amava rosa no meu aniversário, sendo que é a cor que eu mais odeio –rimos

-Foi fichinha esse, vai! –ele disse se defendendo

-E na sexta série, quando você armou pra minha dupla ser aquela biscate burra, lá –rimos mais

-nada demais esse –ele deu de ombros

-E NO TERCEIRO ANO, QUANDO VOCÊ SABIA QUE EU ODIAVA MOSTRAR O CORPO E CORTOU MINHA ROUPA, SUA DESGRAÇA! –aí caímos na gargalhada

-fala sério, aquele foi demais.

-melhor foi a revanche –pisquei

-realmente, aquela revanche pegou pesado –ele fez bico.

-fala como se fosse inocente –ri.

-Chegamos –ele sorriu saindo do carro e abrindo a porta pra mim

-o que? No restaurante da cidade? –perguntei confusa

-sim... não gosta? –sorriu, desta vez, confiante

-Jus, você sabe que eu amo aqui! –sorri. ele olhou fundo em meus olhos e veio se aproximando. Assim que me dei conta do que estávamos fazendo, desviei.

OH, SHIT!

-hm... ér... melhor entrarmos –disse entrando sozinha. Ouvi Neymar ligar o alarme do carro e dar alguns saltos pra me acompanhar.

Se eu estava envergonhada? MAGIIIIIIIIIIINA!

Enfim, assim que eu ergui o olhar para o restaurante me surpreendi.

o viado riu da minha reação, mas poxa.

ESTAVA LINDO!

(n/a: não achei foto, mas imaginem aqueles restaurantes decorados e tals.))

-uau! –disse

-fico feliz que tenha gostado – riu fraco

-você que pediu pra fazerem isso? –arregalei os olhos

-Não –ele disse olhando pra qualquer lugar, menos pra mim.

-Neymar! –coloquei as mãos na cintura o encarando.

-Tudo bem... foi. Mas foi por um motivo especial –ele disse todo afobado me guiando até a mesa.

-e qual seria esse motivo? –perguntei assim que nos sentamos. Antes que ele me respondesse, ‘’at last –Etta James’’ soou, junto com as luzes sendo apagadas, deixando a claridade apenas por conta das velas nas mesas, e a lua cheia que refletia as janelas de vidro.  riu fraco abaixando a cabeça. Fiz o mesmo.

-vocês querem fazer o pedido? –um garçom perguntou.

-posso pedir por você? –me perguntou com o cardápio. Assenti sorrindo. Assim que olhei para o garçom, me assustei

-Pai? –perguntei. Ele disfarçou um pouco, ainda sorrindo

-Pode me chamar de Josh, senhorita. –ri alto daquilo.

-Por favor, aquele prato – sorriu. Meu pai assentiu e saiu dali

-Como você subornou meu pai? –perguntei apoiando os cotovelos na mesa e o olhando . Ele riu e levantou os braços em um ato de rendimento.

-Juro que não subornei ninguém

-sei

-Se lembra dessa música?

-At Last? –perguntei me fazendo de idiota

-É. Não se lembra? –arregalou os olhos. Eu queria muito rir.

-Não. Acho que já vi em alguns filmes, sei la. –dei de ombros

-COMO ASSIM, DUDA SIMPSON DA SILVA SANTOS? – deu piti. Aí eu não aguentei e ri.

-Besta, como você acha que eu ia esquecer da música do dia mais importante da minha vida –disse sem perceber. Neymar sorriu de orelha a orelha. Foi a música da valsa do casamento.

DROGA DUDA, PARECE QUE VOCÊ QUE TA DANDO EM CIMA DO MENINO.

-mas como eu disse, FOI importante. Passado –sorri sínica vendo o sorriso dele se desmanchar

-Mas...mas você ainda lembra né? –ele perguntou receoso

-eu tenho memória boa, só.

-Não, não. Quando a gente lembra de algo é porque foi muito importante

-Ta, Neymar. Que seja. –ele pareceu ficar meio chateado, mas por que disso? Eu não suportava o ver cabisbaixo, mas simplesmente não conseguiria voltar pra ele como se nada tivesse acontecido.  Enfim ficamos em silêncio, coisa que não fizemos desde que saímos de casa.

-aqui o pedido de vocês –quando eu olhei o ‘’garçom’’, já que a voz estava diferente, me deparei com o Edu

-Véi, o que você ta fazendo aqui? –perguntei pra ele

-te desconheço, senhorita –ele disse e saiu. Olhei pra pro silva com cara de desentendida, ele apenas riu

-vamos jantar então –ele disse começando a comer. Olhei para o prato.

-salada de macarrão? –ri

-Não é exatamente a sua, mas é tão gostosa quanto –ele sorriu de lado, arrancando um sorriso meu. Comemos conversando coisas bobas, confesso que aquela minha pose de durona, já tinha ido embora a um tempo.

-O que são aqueles caras? –perguntei me referindo a um grupo de músicos. Quer dizer, o que eles faziam ali.

-você quer ver? – perguntou rindo

-Que... –parei a palavra assim que o vi sorrir travesso –não, neymar! –tarde demais, ele já tinha se levantado e falado algo com o grupo. Eu apenas observava.

Então, ele veio com o grupo até perto da mesa e o som começou, com coreografia e tudo.

-When I had you to myself, I didn't want you around. Those pretty faces always made you stand out in a crowd – começou a cantar apontando pra mim.

-NEYMAR, par com isso! –disse baixo colocando as mãos no rosto vendo que todos nos observavam. Nemar como belo ouvinte, me ignorou, puxou com certa delicadeza minhas mãos e continuou a dança. A vergonha se passou e agora, só cantava junto e ria das palhaçadas.

-Eu te amo – sussurrou pra mim e piscou. Todos aplaudiram e assoviaram.

-Não acredito no que fez! –disse rindo

-Sexta série! Você disse que se amarrava nessas músicas. –ele riu de volta

-Você lembra de tudo, menino?!

-só do que marcou minha vida. E você foi a maior. –ele sorriu. Aposto que corei, porque a vontade de retribuir o sorriso era enorme. Mas eu não podia dar mole.

CADÊ A DUDA DE DEZESSEIS ANOS?

-ei, pode me emprestar o violão? – perguntou ao carinha da música (finge que ele sabe ok ? )

-claro! –ele lhe entregou o violão. E ele o posicionou, olhando fixamente pra mim.

-eu escrevi uma música –ele disse testando as cordas, acho que as afinando.

-que bom pra você. Agora, acho melhor nós ir... –ele não deixou que eu terminasse a frase e começou 
cantando (your body is a wonderland –jonh mayer) . Sua Voz era aveludada e grossa, ele ignorava o fato de ter que olhar para as cordas, já que seus olhos verdes/mel, estavam fixos aos meus. Ele não cantou alto, percebi que aquilo, era entre eu e ele.

Assim que ele acabou, respirei fundo.

Minha vontade, era puxar ele e irmos pra casa. Pra nossa casa.

-e aí, o que achou? –ele perguntou sorrindo pra mim e em seguida, devolveu o violão para o cara

-eu... ame... acho melhor irmos,Silva –disse me levantando

-tudo bem –ele sorriu tristonho, pagou a conta e quando saímos do carro, me surpreendi com o frio que fazia. Mas logo não fui tão afetada pelo clima, já que um casaco quentinho me encobriu.  Olhei para o lado e neymar passava por mim para abrir a porta.

-Não. Pode ficar –disse já tirando o casaco

-Fica, Duda. Não quero você doente depois –ele sorriu, mas eu percebi pelo seu tom de voz que no momento, ele queria era chorar.

-ok –assenti e entrei no carro. O caminho até em casa foi silencioso. Ele fez questão de me acompanhar até a porta do meu apartamento.

-Bom, é isso. Obrigada pela noite –disse e me virei para abrir a porta, mas ele me puxou.

O olhei assustada.

Mais assustada ainda por ter seu rosto a poucos milímetros do meu. Nossos narizes chegavam a se encostar e nossas respirações batiam uma com as outra. Em um movimento calmo, Justin selou nossos lábios e pediu passagem com a língua. Eu queria dizer que não, eu queria recusar, mas não, eu cedi. E correspondi o beijo. Uma de suas mãos seguravam meu rosto, enquanto outra pousava em minha cintura, grudando nossos corpos. Passei minhas mãos em seu pescoço e arranhei de leve ali, como eu sempre fazia. Parecia que iria ser para sempre, ou que pelo menos, deveria ser pra sempre. Nossas línguas tinham um movimento perfeito, calmo e ao mesmo tempo, rápido o suficiente para termos desejo de fazermos isso o resto da noite.
Nossas respirações findaram.

Neymar sorriu ainda grudado a mim e deu alguns selinhos de leve. Eu o empurrei o afastando

-bom, no papel do divórcio, eu não vou ficar com nenhuma propriedade sua. Não precisa de pensão já que não temos filhos então... só assinar. Boa noite. –eu ia me virar mas novamente, ele me segurou

-Duda, eu... –o cortei

-Não, Neymar. Você disse que depois de hoje, você me deixaria em paz. Então espero que faça assim. –disse e me soltei dele. Fechei a porta com tudo. Deslizando sobre a mesma. Mesmo que eu tenha dito que não iria mais chorar, eu chorei

Ele vai desistir de mim.

É CLARO, EU PEDI ISSO!

Tudo bem... eu... EU AINDA AMO ELE. TA LEGAL?

Mesmo tendo cessado o choro, eu fechava os olhos e tudo que me vinha na cabeça era quando ele me amava, quando me beijava e quando sorria, seu sorriso era a melhor coisa do mundo, algumas lágrimas escaparam, mas sequei as mesmas pronta pra fingir que nada disso tinha acontecido.

NEYMAR NARRANDO

Deslizei a porta do quarto de casal com as benditas lágrimas nos olhos.

Sempre  achei que o ato de deslizar a porta fosse mariquinha, mas velho, do estado que estava, topava até tomar sorvete de chocolate em uma big colher enquanto chorava.

Agora, já era.

Sim, eu estou desistindo.

De tudo. Extremamente tudo.

Eu iria assinar o contrato, mas lembrei que ficou com Chad, meu advogado.

-Droga –murmurei.

Liguei para o trabalho, dizendo que eu voltaria.

Bom, a vida continua.

Ou pelo menos uma parte dela. 

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