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domingo, 3 de março de 2013

Chapter 5 - Hello Denmark


Chapter 5 - Hello Denmark

Geanne - Você está estranho hoje. - Falava quando já estávamos chegando. Neymar estava mais nervoso que o normal quando disse que precisava me levar a alguns lugares. Passamos pelo Aquário, London Dungeon, a Torre de Londres, depois a Tower Bridge. E agora ele fez questão de vir ao Palácio de Buckingham. - O que foi, Neymar?
- Sabe, acredita que eu já entrei nele? - Ele disse, falando do palácio. Eu tive que rir.
- Você está ficando louco? Sério, estou preocupada com você.
- Eu e ele temos uma coisa em comum. - Ele parou, me deixando sem entender nada. - Ge, eu te amo muito, muito mesmo. E eu não sei mais viver longe de você. Mas dessa vez eu vou ficar longe, tentando aguentar.
- Do que você está falando? - Senti uma brisa fria tocar em mim, o inverno estava chegando, mas essa brisa não foi somente do tempo. Estava nervosa do por que dele estar falando desse jeito.
- Eu tenho que ir embora. - Ele olhou pra mim com uma cara que parecia que estava sentindo dor.
- Ir embora? Para a Dinamarca? Por quê? - Não acredito que ele ia embora agora.
- Eu preciso voltar.
- Você vai embora. – Falei, quase sentindo minhas lágrimas. Ele afirmou.
- Desculpe.
- Quando você vai voltar? – Perguntei, tentando ter alguma esperança de vê-lo de novo. Mas sabia que pela cara dele e o jeito estranho dele hoje, isso seria a última coisa que podia acontecer.
- Não sei. Daqui a alguns anos, talvez. - Ficamos mudos, apenas um olhando para o outro.
- Então é assim? Por que chegou para ir embora?
- Lembra que eu falei que eu antes não sabia se deveria contar para você ou não, que eu gostava de você. Mas se eu voltasse sem falar isso pra você eu me arrependeria.
- Você já sabia que ia embora... - Eu falei, deixando uma lágrima cair, me afastando dele. Ele sabia que as coisas iam ser desse jeito antes de tudo, e o que ele fez? Não ligou em como eu ficaria depois.
- Ge, desculpa. Eu sei, eu pensei em mim, mas eu falei das duas condições. Eu falei que íamos passar por obstáculos e esse nem foi o pior. - Me assustei agora com o que ele falou.
- Conte! - Falei. - Tudo, o que você estava escondendo. Os tais obstáculos.
- Eu não... pos...-
- Alteza... - Alguém interrompeu o Neymar e o mesmo arregalou os olhos.
- Neymar Santos! - Outra pessoa falou atrás do Neymar. Era um senhor, muito bonito por sinal. Ele tinha uns dez seguranças com ele, e o pior que ele parecia com alguém que eu conheço. - Não adianta se esconder outra vez. Não sabe o que causou por seu ato irresponsável... - Um dos seguranças me separou do Neymar. Quem esse cara pensa que é? Eu já estava nervosa então, quando eu pensava minha língua já falava.
- HEY! Quem você pensa que é? O senhor atrapalhou uma conversa importante, ok? - Estava prestes a pegar o Neymar e sair de lá. O homem me olhou de cima a baixo.
- Geanne... - Neymar falou meu nome, mas antes o interromperam de novo.
- Eu sou o Rei da Dinamarca... - Ok, essa me pegou de surpresa. - E o pai desse garoto, querida insolente. - Fiquei petrificada. Espera aí... Olhei para o Neymar e ele estava de olhos fechado, e mais nervoso.
- Se você é o Rei e ele é seu filh... Oh Deus... - Não sabia mais como respirar, fiquei mais atacada, nervosa. Nem sabia o que fazer. - QUANDO VOCÊ IA ME CONTAR? - eu praticamente gritei.
- Neymar, entra no carro. Vamos voltar para a Dinamarca agora. - O pai dele se afastou e logo entrou no carro.
- Eu ia te contar. Mas sabia como você ia reagir, mas entenda, por favor. - Neymar tentou passar para chegar mais perto de mim, mas os idiotas dos seguranças não deixaram.
- Você é um príncipe... - murmurei baixo, deixando mais lágrimas caírem. Contos de fadas não existem... Minha mente não parava de ecoar essas palavras. - Eu coloquei esperanças demais...
- Ge, eu te amo. - Neymar estava chorando.
- Neymar, precisamos ir. - Um segurança chegou perto dele e falou.
- Venha comigo, Ge. - Ele falou e eu simplesmente fiquei parada que nem uma retardada e com milhões de pensamentos. - Venha comigo, por favor... - Eu somente neguei com minha cabeça. Não podia ir, minha vida está toda aqui. Eu não podia jogar minhas coisas pro alto e tentar viver algo que eu sei que no final não vai dar certo.
Eu vi ele decepcionado e se afastando aos poucos. Os seguranças praticamente o obrigaram a entrar no carro. E eu saí correndo dali, queria encontrar mais do que tudo na vida, um ombro amigo. A Ju.
Cheguei na biblioteca correndo e logo subi as escadas depressa e fui pro quarto. Ela não estava lá, peguei meu celular e mandei uma mensagem pra ela.
" Preciso de você aqui, por favor, venha depressa. Eu não sei o que pensar... meu coração está despedaçado agora..."
Logo me deitei e chorei, chorei, chorei. Percebi a rosa vermelha na janela, ela não tinha melhorado. Ela estava pior, estava quase murcha.
Julia
Estava sentada com a cabeça no ombro do Luis. Hoje foi a primeira vez que nos confessamos um para o outro. Mesmo tendo nos conhecido daquele jeito, naquele dia eu o olhei e senti borboletas pelo meu corpo inteiro e daí em diante já gostava do Luis.
Senti meu celular vibrar dentro do bolso.
- Hmm, uma mensagem.
- De quem? - Perguntou Gilmar, curioso.
- Não é da sua conta, ok? Mas... - parei depois de ler a mensagem.
- O que foi, pequena?
- Oh Deus. A Ge está precisando de mim, tipo AGORA. Ai Jesus! - Saí do sofá toda nervosa e procurando minha bolsa e meu casaco.
- Espera, calma. O que aconteceu? - Gilmar tentou me acalmar.
- O que o idiota do Neymar fez com minha amiga? - Gritei e vi eles olharem um para o outro. - Ela mandou uma mensagem dizendo que precisava de mim e que o coração dela estava despedaçado. Acredite, quando a Ge fala desse jeito, a coisa ta feia.
- Neymar, o que você fez... - Luis murmurou baixinho.
- Acho que ela descobriu... - Guilherme falou com os olhos baixos.
- O que? - perguntei.
- Ele deve estar no Hotel, precisamos vê-lo.
- Ele precisa da gente.
- DÁ PRA VOCÊS FALAREM O QUE TA ACONTECENDO?
- Pequena, é meio que... - ele parou, suspirando. - O Neymar é um príncipe, o Gilmar também, e o Jota é um Conde. Eu e o Guilherme somos os únicos com família de classe média normal. - Ele falou tudo rapidamente e eu fiquei sem reação. Quando vi a cara deles fiquei pior. Só o Luis me olhava enquanto os outros não estavam nem aí, como se isso fosse normal.
- PERAE, PERAE. Muita coisa pra absorver.
- Vai logo falar com a Ge, ela deve estar precisando de você.
- Vou agora mesmo. - Dei um selinho do Luis e me despedi da galera. Ok, por isso o Gilmar tinha aquela mansão e às vezes eles tinham piadinhas próprias e as vezes também o Jota falava de um jeito meio estranho. I don't believe! Ge se apaixonou por um príncipe! Bem a cara dela, já que ela gosta de contos de fadas. Oh deus! É melhor eu parar de pensar nisso e correr logo.
Neymar
Cheguei no hotel e logo fui pro nosso quarto. Cheguei lá e logo dei de cara com minha mãe na sala.
- Oh meu Deus! Até que fim. Neymar, meu filho, tudo bem com você? Você sabe o que fez... - Ela parou de falar quando me viu passar reto com uma cara nada legal. Eu sentia que estava com os olhos vermelhos, já que eu chorei. - O que aconteceu com ele? - Ouvi minha mãe perguntar pro meu pai.
- Não sei. Mas... - Bati a porta do meu quarto e depois não pude ouvir mais nada. Chutei o guarda roupa e esmurrei a parede. Não era pra ter sido desse jeito! Chorei tudo que estava entalado na minha garganta. Raiva, decepção, tristeza. Aconteceu mais uma vez...
Estava com uma camisa preta, uma calça jeans preta e um casaco preto. Peguei meus óculos escuros, baguncei meu cabelo um pouco e calcei meu all star preto. Estava de luto! Por mim mesmo. Desci pro Hall do Hotel onde eu já encontrava meus pais e um monte de fotografos, inclusive repórteres. Na raiva e no mau humor que eu estava, se um deles cruzasse minha linha de limite, ia rolar soco aqui.
Entrei no carro antes dos meus pais, coloquei meus fones de ouvido e esperei até eles entrarem e Paul partisse para o aeroporto. Enquanto Guilherme e Luis estavam no outro carro preto. Os meninos, noite passada, vieram me ver e disseram que já sabiam de tudo, eles me ajudaram a esquecer um pouco.
Geanne
O vi com um estilo um pouco revoltante e uma cara nada legal, ele passava na TV da sala e fiz questão de desligar a TV.
- Está melhor, Ge ? - Ju vinha da cozinha com um chocolate quente e me entregou.
- Obrigada. E sim, graças a você, um pouco melhor. - Tomei um gole. - Os próximos dias serão piores. - Vi a Ju me olhar com pena e me beijar na cabeça.
- Qualquer coisa, estou aqui, amiga. - Ju foi o meu colo ontem à noite, chorei mais do que nunca. Eu já devia saber. Em poucos dias nos conhecemos, aí do nada começamos a namorar e nem uma semana de namoro fizemos, e ele foi embora. Muito bom, Geanne, esse foi o seu pior relacionamento que já teve.
Neymar
Chegamos e logo subimos no nosso avião particular e de lá decolamos para a Dinamarca. As coisas não tinham como ficar pior... Depois de horas, senti alguém me acordar, era o Luis.
- Vamos, Neymar. Já chegamos, diz oi pra Dinamarca. - Ele riu.
- Olá Dinamarca... Nada pessoal, ok? - Resmunguei.
- Como está?
- Não me pergunta isso de novo, ok?
- Ok. - Ele levantou as mãos pra cima. E nós saímos do avião, indo para nosso carro, que já estava nos esperando.
- Luis.. - o chamei. - E a Ju? Como se sente em saber que teve que se separar dela por minha causa também?
- Não se preocupe, Neymar. Eu estou bem, falei com a Ju e ela entendeu perfeitamente. Ela disse que ia me esperar.
- É, pelo menos você é um cara de sorte, que não foi chutado mais uma vez e que não possui sangue real. Daria tudo para ser você.
- Do que está falando? Milhões de pessoas queriam ser como você. - Ele riu.
- Acontece que é assim, elas nunca viveram minha vida e não sabem o quão ruim ela pode ser. Lado bom e lado ruim.
- Ué, mas minha vida também tem um lado ruim e um lado bom.
- Eu só vejo lado bom.
- Você nasceu em berço real, Neymar. Não teve tempo nem de ver o lado ruim da minha vida. Nós não conseguimos tudo que a gente quer... não temos muito dinheiro e temos muitas dívidas.
- Na minha vida o lado ruim é que você é responsável por um País no futuro, peso de sobra nas costas e não ter a chance de ter uma vida normal. Daí vem a ambição das únicas pessoas que podem estar perto de você e que são as últimas que você deve ter afeto e confiança. E depois o amor, ou são as sonhadoras que te querem ou são as ambiciosas. As perfeitas não entram nisso, porque elas sabem do lado ruim que isso tem, responsabilidade. - Luis somente fez um gesto de quem entendeu e depois partimos de volta para nossa terra, Sonderborg, cidade onde fica o nosso Palácio, Gravenstein, passaríamos alguns dias lá antes do inverno começar.
Entrei no palácio e pude ver minha irmã nos esperando. Dei um abraço nela e a agradeci perto do seu ouvido.
- Eu sei o que aconteceu já, Neymar. Sinto muito. - Ela bagunçou meu cabelo e eu dei um sorriso fraco.
- Tudo bem, passou. Estou nessa prisão novamente.
- Não passou. Você a ama. E eu sou sua irmã.
- E o que isso tem a ver?
- Duas armas secretas. - Ela me fez rir. - Vou te ajudar sempre, maninho.
- Obrigado, mas vou parar com isso. Vou pro meu quarto agora, até mais. - Subi para meu quarto e descansei um pouco.
Amanheceu e eu rezava pra que aquilo tudo fosse apenas um sonho, o que não aconteceu. Suspirei pesadamente. Fui até a escrivaninha e vi um bilhete, hoje ia ter a parada da família real. - Ótimo! - resmunguei. Não entendo o motivo para essa parada, se eu quisesse que alguém me visse estaria em um museu. Vesti uma roupa formal, mas quase no meu estilo. Adorava ver minha família e principalmente minha mãe louca, coloquei a barra da camisa para fora da calça, abri dois botões, deixei as mangas folgadas e calcei meu all star. Baguncei meu cabelo e fui em direção à sala, mas antes percebi um movimento no quarto da minha irmã. Curioso, abri as duas portas do quarto inteiro, fazendo ganhar uma atenção. Parei, vendo onde eu estava me metendo.
- AHHHHHH!
- Príncipe Neymar! - Ouvi murmúrios e gritos.
- O que... - Olhei pra minha irmã. - Eu acho melhor eu voltar outra hora. – Falei, observando um monte de garotas de mais ou menos 15 a 20 anos. Vulgo, princesas, amigas da minha irmã.
- Mas que vestes são essas, Neymar? - Rafaella perguntou. Ela sempre foi o quesito certinha.
- Minhas vestes normais. Mas o que elas estão fazendo aqui?
- Elas vão para a parada com a gente. A propósito, tem gente lá embaixo te esperando. - Saí de lá antes que elas me atacassem. Fui diretamente à escada e pude perceber pelo corrimão, príncipes, exceto o Niall, por ser Conde. O que porra meus pais estavam planejando com a união de príncipes e princesas de vários lugares? Quero sair daqui!
- Neymar! - Alguém me notou.
- Luis? Virou um príncipe agora? - Ele riu.
- Não, mas sou seu melhor amigo. Não ia me deixar de fora, ia?
- Ia, para te poupar desse circo. Mas pelo menos isso me faz distrair um pouco das coisas.
- Isso, pense pelo lado bom. - Gilmar apareceu do nada.
- Neymar! - Ouvi alguém falar meu nome.
- E aí, Spence... - O cumprimentei.
- Você que é o mestre das coisas mais legais, o que vai fazer dessa vez? - Ele perguntou.
- Nada. – Falei, colocando as mãos no bolso.
- Sério que nada? Só porque hoje estava a fim de irritar meus pais... - Marcos falou. E percebi que todos estavam olhando pra mim.
- O que? Vocês realmente querem que eu de alguma ideia para estragar esse perfeito dia?
- Não estragar, mas somente quebrar as regras. - Jota falou. - Aqui todos estão com você.
- E além disso, é muito exagero das nossas famílias fazer uma parada com todo mundo. - Eu sorri.
- Pelo visto, os príncipes estão revoltados. - Eu falei, ainda rindo.
- Não dê ideia, gente. - Gilmar avisou.
- Qual é Lima, sei que você é certinho, mas dessa vez vai ficar de fora? - Ouvi Steven perguntar. - E aí, Neymar? - Bom. Já que todo mundo apoia, tudo bem! Primeira coisa que vocês vão ter que fazer é tirar esse jeito de bom moço de ser, vamos ter um pouco de estilo, por favor! - Então com o apoio de todos fui fazer o que eu mais fazia de bom.
Geanne
Acordei super atrasada para aula de hoje, então resolvi faltar. Não ia chegar a tempo mesmo. Fui até a biblioteca e vi a Ju no segundo andar.
- Precisamos arranjar um lugar pra gente morar, já passamos muito tempo aqui. - Falei.
- Eu já arranjei, só estava esperando você acordar.
- E onde fica?
- Na Brompton Road.
- O QUE? É a rua mais nobre.
- O que eu posso fazer? Meu tio me ajudou a comprar, querida. E vamos aproveitar.
- Seu tio comprou um AP?
- Não. Foi uma casa.
- SEU TIO COMPROU UMA CASA EM UMA DAS RUAS MAIS NOBRES DE LONDRES? VOCÊ É LOUCA? NÓS NEM VAMOS MORAR PRA SEMPRE AQUI.
- Relaxa, ok? Ele disse que é meu presente de aniversário. Ah, falando em presente. Chegou isso pra você logo de manhã. - Ela retirou do bolso uma carta. Franzi a testa.
- Isso é uma carta! O que tem a ver com presente?
- Sei lá, Ge. Não complica e abre que eu to curiosa. - Peguei a carta e olhei a trás. "Para Srta. Geanne Santoro". - Eu conheço esse selo. - Ju falou, apontando para um selo.
- Da onde é? Daqui mesmo?
- Não. Vai querer saber mesmo?
- Fala de uma vez, criatura.
- Dinamarca. - Eu encarei ela, e depois a carta.
- Não acredito que ele ainda me mandou uma carta.
- Não parece letra de homem, Ge. Abre logo! - Li em voz alta.
" Olá Srta Santoro, tenho o prazer de convidá-la para um baile de máscaras no palácio de Gravenstein no próximo final de semana, ficarei honrada com sua presença.
Atenciosamente,
Sua Alteza Real, a Princesa Herdeira, Rafaella Santos.

PS: venha com o vestido que eu vou mandar em breve. Convide suas amigas. "
Ficamos paradas absorvendo o contexto.
- Rafaella Santos, não é? Alteza real? - Ju falou.
- Acho que deve ser a irmã do Neymar. - Vi Ju dar um sorrisinho e tomar a carta da minha mão.
- Onde vai ser? Num tal de Palácio Gravesdjfçlksdf. E que horas? - Ela perguntou.
- Gravenstein! E como assim? Eu não vou!
- Nós vamos sim! Ah, se vamos!
- Ju! O Neymar simplesmente mentiu pra mim e me largou.
- Primeiro, ele não mentiu, ele escondeu e ele não te largou. Pelo que você me contou ele pediu pra você ir com ele e você não foi por ser idiota! Não tente se enganar.
- Não importa. Eu não vou, porque eu não tenho nada com ele! - Virei as, costas já saindo dali.
- Você tem medo de ir atrás dele, só porque ele é um príncipe. E claro, se ficar com ele, você poderá ser uma futura princesa, ou até mesmo rainha.
- Eu não posso ficar com ele.
- Você ainda não enxergou nada. Tudo bem, deixa o tempo se encarregar disso. - Ela saiu de lá e foi pra baixo. Eu fiquei parada, tentando absorver tudo aquilo. Fui dar um passeio pelo Green Park, péssima ideia. Me veio tudo de novo em minha mente.
Neymar
Peguei o Pegasus e preparei o Black Jack. Todos os príncipes iam com algum cavalo, nem imagino como ia ser patético, mas eu estou aqui, não é? Vai ficar melhor, aproveito e dou o troco do meu pai por ter estragado minha vida.
Fiquei na minha posição enquanto vi os guardas da frente os rodear. Olhei para a outra ponta escondida e pude perceber o Jota do outro lado. Ele não perdia uma, mesmo ele sendo um Conde, Jota dava pra ser um bom príncipe. Fiz sinal para ele se preparar.
Os outros saíram marchando com seus cavalos, enquanto eu, o Jota e o Gilmar, que estava mais atrás e quase jurando me matar, ficávamos nos preparando. O plano ia ser estragar a festa fazendo mais bagunça possível. Esperamos mais alguns minutos, desci do Pegasus e subi no Black Jack, indo pra frente.
Paul logo me viu e gritou. - O que ainda está fazendo aqui Neymar? O que você vai aprontar? Dessa vez eu não posso deixar você fazer isso. - Já era! Fiz sinal para Gilmar e Jota se movimentarem.
- Desculpe, Paul! Haha. - Faleim enquanto Black Jack aumentava a velocidade.
Quando finalmente vimos a cidade aparecer e um pouco da parada, nós dobramos a rua principalm pegando atalhos. Íamos estragar as decorações de frente pra trás. Steven, que estava mais na frente, percebeu que já tínhamos chegado. Black Jack disparou na frente e logo quebrei outra rua, indo para rua principal onde ia terminar a parada. Pude ouvir gritos, as pessoas estavam chamando meu nome. Parei bem no meio da rua, e logo vi os guardas marchando.
- Neymar? - Ouvi Jota me chamar.
- Eu juro que se algo acontecer, eu mato vocês. - Gilmar resmungava do outro lado.
- Só cuidado para não machucar as pessoas. - Me preparei e comecei a correr pra frente com Pegasus. Minha irmã logo me viu.
- Neymar o que está fazendo? - Vi ela sorrir.
- O que eu faço sempre. - Gritei já mais na frente. Olhei pra trás e vi Jota e Gilmar cortando os cordões com as bandeirinhas.
- Neymar Santos! - Minha mãe gritou e eu comecei a rir. Fui mais pro lado do povo e estiquei a mão, batendo nas mãos de cada um. Eles ainda gritavam meu nome. Logo quando cheguei à parte onde estavam todos os príncipes, fiz a volta e corri, acompanhado de todos até de onde eu vim.
Logo parei, esperando a carruagem dos meus pais chegarem.
- Seria mais prático carros, não?
- Já chega! Sei que isso foi coisa sua. Suas gracinhas têm limites, Neymar. - Meu pai reclamou.
- Isso só foi um pouco de diversão. Todos estavam precisando.
- Vamos voltar ao palácio e nos desculpar com todos.
- Não devo desculpas a ninguém. - Peguei o Black Jack e fui em direção ao palácio.
Rafaella
- Dê um desconto pra ele, Mãe. - Estávamos em um carro onde íamos de volta ao palácio.
- Desconto? Ele acaba com tudo!
- Quando ele estava em Londres nada disso aconteceu.
- Porque ele estava longe. Mas agora ele foi ao limite, como pode estragar a festa toda?
- Vocês não perceberam?
- Perceber o que? - Meu pai falou.
- Ele está apaixonado ainda, eu acho...
- Apaixonado? - Meu pai perguntou.
- Vocês o tiraram a força de Londres. Ele estava com uma garota quando o achou, não foi? - Perguntei a ele.
- Estava... Muito insolente aquela menina, mas bonita.
- Ah, claro. Ela ia adivinhar quem você era. Enfim, se como o senhor disse, eles estavam conversando. Você devia deixar eles conversando, ok? Depois levasse o Neymar, mas numa hora daquelas? Faça-me um favor, papai. Até eu ficaria brava com o senhor e aprontava uma dessas.
- Rafaella! - Mamãe me chamou atenção.
- Estou falando a verdade. O Neymar só está querendo chamar atenção para ele se distrair um pouco. Está na hora de vocês serem pais e não reis. – Falei, saindo do carro, já que tínhamos chegado ao palácio.
- Por isso ela é a futura Rainha. - Ouvi meu pai falando pra minha mãe.
Neymar
Estava esparramado no sofá do gabinete, quando vi minha irmã entrar e logo depois meus pais.
- Estava com saudades dessas reuniões familiares. - Ironizei.
- Até o jeito de falar esse garoto mudou.
- Diga-me, querida mamãe, o que realmente querem com minha incrível presença nesse gabinete? - Falei forçado.
- Falar sobre seus atos e o avisar.
- Em breve teremos um baile, Neymar. E não quero que você apronte nada. E você será obrigado, por castigo, de participar do treinamento do arco-e-flecha.
- Ah, não. Que eu saiba quem faz esse treinamento é quem vai subir ao trono. - Olhei pra Rafa.
- Ou prefere isso, ou tão cedo sairá desse palácio. Eu ainda estou te dando uma salvação, Harry. - Meu pai falou.
- Depois da última, não tenho como negar mais nada.
- Que última? - Rafa perguntou.
- Ah, não sabe?
- Neymar!
- Ele fez o favor de me ameaçar. Ia me banir da Dinamarca.
- Papai!
- Edward! - Minha mãe e minha irmã o repreendeu.
- Só assim eu tinha a certeza que você iria voltar com a gente. Você é meu filho, não ia fazer uma coisa dessas.
- Se não fosse por nada, eu voltaria numa boa. Mas... - desisti de falar. - Deixa pra lá, vocês não tem nada a ver com isso. - Ia saindo de lá, quando senti a mão da minha mãe.
- Você se apaixonou. E claro que temos. Você teve que largar a garota por causa do nosso país. - Ficamos em silêncio.
- Isso não importa mais, não é?
- Uma plebeia? - Meu pai perguntou.
- Nenhuma princesa chegaria aos pés dela. Mas vocês estragaram tudo, quando ela soube da forma mais radical possível que eu era um príncipe e não me quis mais. - Saí de lá estressado só por tocarem naquele assunto.

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